Boa notícia! Cidade de São Paulo elimina transmissão vertical do HIV

O município  vai receber a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical do HIV. São Paulo é a terceira cidade a ser certificada, a primeira foi Curitiba, em 2017. A eliminação da infecção do vírus de mãe para o filho durante o período da gestação (intrauterino), no parto (trabalho de parto ou no parto propriamente dito) ou pelo aleitamento materno, juntamente com a redução da transmissão vertical da sífilis e da hepatite B, está entre as prioridades do Ministério da Saúde para controle das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e das doenças de condições crônicas.

São elegíveis à certificação municípios com mais de 100 mil habitantes e que atendam a critérios estabelecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre esses critérios, está a taxa de detecção de HIV inferior a 0,3 casos por mil nascidos vivos, e proporção anual inferior a 2% de crianças expostas ao vírus que soroconverteram (quando tornam-se positivas para o HIV).

O Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios. O Ministério da Saúde incentiva os municípios a adoção de ações para melhoria da qualidade do pré-natal, parto, puerpério e acompanhamento da criança filhas de mães HIV positivo, bem como para o fortalecimento das intervenções preventivas.

A orientação é que todas as gestantes e suas parcerias sexuais devam ser investigadas para as IST e informadas sobre a possibilidade de prevenção da transmissão para a criança, especialmente de HIV/aids, sífilis e hepatite B.

Casos de aids em menores de 5 anos

A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV no país. Em dez anos o Brasil tem registrado queda nessa taxa que passou de 3,5 casos por 100 mil habitantes, em 2007, para 2 casos por 100 mil habitantes em 2017, o que corresponde a uma queda de 42%.

Nesse mesmo período, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes: em 2007, a taxa observada foi de 2,3 casos por mil nascidos vivos e, em 2017, passou para 2,8 por mil nascidos vivos. Esse aumento poderia ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a consequente melhoria da prevenção da transmissão vertical do HIV.

“Excelente notícia. O Brasil é referência mundial no tratamento da AIDS. Avançamos na questão do HIV. Parabéns a todos os envolvidos”, disse o médico e vereador Gilberto Natalini.

Fonte: Agência AIDS

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