A Prefeitura de São Paulo assinou a escritura do Parque Augusta, neste sábado (6). A transferência do terreno, de posse das construtoras Setin e Cyrela, à municipalidade ocorreu dentro da área onde será o parque, na região central da cidade. O vereador Gilberto Natalini (PV/SP) que é autor de ação civil para criação do mesmo, fez questão de participar desse momento histórico.
O documento efetiva as tratativas das negociações feitas entre a gestão municipal, o Ministério Público e as construtoras, anunciadas em agosto de 2018. Uma vez aprovados os projetos, a gestão municipal e as construtoras poderão iniciar as obras previstas para viabilizar o parque.
“A assinatura da escritura representa a realização de um sonho de 40 anos da sociedade civil. São Paulo ganha um lindo Parque”, defendeu o promotor Silvio Marques.
Firmado no dia 10 de agosto de 2018 em coletiva de imprensa na sede da Prefeitura, os termos da negociação preveem a transferência do terreno por doação ao município em troca de quatro declarações de potencial construtivo passível de transferência – ou seja, as empresas poderão construir em outra área, além disso, elas irão gastar R$ 9,85 milhões com obras como a restauração da portaria e da edificação do antigo Colégio Des Oiseaux, que fica dentro do terreno, e a construção do Boulevard Gravataí -que liga o parque à Praça Roosevelt.
O dinheiro também será usado para a manutenção do parque por dois anos. A gestão municipal receberá R$ 88 milhões que foram pagos pelos bancos que movimentaram dinheiro desviado de obras públicas durante a gestão de Paulo Maluf.
O Ministério Público de SP tinha determinado que o dinheiro fosse usado para a compra do parque ou construção de creches. Com o novo acordo, o montante será destinado à construção de creches, CEUs e EMEIs.
“A conquista do Parque Augusta é uma vitória para São Paulo. É uma novela com final feliz. Uma área verde que será preservada num região bastante cinza da cidade”, disse o vereador Gilberto Natalini.
