A 12ª reunião ordinária da CPI da Saúde, realizada na Câmara de São Paulo, ouviu, nesta terça-feira (17) o ex-conselheiro fiscal da Unimed Paulistana e também presidente da Associação dos Médicos da Unimed Paulistana, Angelo Vattimo.
A alienação compulsória da Carteira de Beneficiários da entidade foi determinada a 2 de setembro deste ano pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar. Desde 2009, a Unimed Paulistana vem sendo objeto de direção fiscal imposto pela ANS devido à situação econômico-financeira da empresa.
O médico e vereador Gilberto Natalini (PV), vice-presidente da CPI da Saúde, preocupado com a situação dos médicos da Unimed Paulistana, perguntou a Angelo Vattimo qual a condição atual dos 2300 cooperados.
“A situação dos médicos é difícil e, portanto, quero saber como será resolvida”, salientou o vereador ao solicitar, também, informações sobre os valores de salários pagos aos diretores da Unimed Paulistana. Natalini também inquiriu sobre o valor do contrato assinado com a empresa de consultoria Pricewaterhouse coopers (PWC).
O ex-conselheiro fiscal reconheceu que “não há uma perspectiva favorável até o momento para os 2300 médicos” e classificou a situação como “dramática” já que metade dos profissionais só atendia pela Unimed Paulistana e teve que fechar o consultório.
Quanto ao salário dos diretores, Domingos Sávio da Silva Coelho, também membro do Conselho Fiscal da Unimed Paulistana, informou que girava em torno dos R$ 70 mil mensais e que atualmente é de R$ 40 mil. Já o contrato com a empresa de consultoria PWC é de R$ 3 milhões mensais.
A próxima reunião da CPI da Saúde será no dia 24 deste mês e já foi providenciado requerimento convidando o diretor fiscal, nomeado pela ANS, Maurício Damasceno Silva.
Nesta terça-feira (17) terminou o prazo que a ANS havia dado a todos os clientes de planos individuais, familiares ou de coletivo empresarial de até 30 dias para a portabilidade extraordinária para um dos quatro planos criados pelo TAC – Termo de Ajustamento de Conduta.
