Hanseníase: uma doença com muito preconceito

A hanseníase é uma doença que atinge principalmente a pele e os nervos, que também pode afetar o rosto, os braços, as pernas, as mãos e os pés, levando até possivelmente a deficiências físicas. Ela é transmitida pelo ar, através do contato com pessoas que possuem a doença e não se tratam. Mas, o pior problema dela, é a falta de informação.


As pessoas sofrem com a pele esbranquiçada, avermelhada ou amarronzadas, diminuindo a sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque. Ocorre também dormência nos pés, com a presença de caroços avermelhados ou castanhos.
As suspeitas iniciam quando manchas brancas ou vermelhas e dormentes, aparecem por qualquer parte do corpo, junto de caroços. A sensibilidade é também afetada, por exemplo, se caso a pessoa se machuca ou se queima, ela não sente dor ou ardência na pele.
Pode atingir homens, mulheres, adultos e crianças, sendo transmitida de uma pessoa para outra por meio de um contato próximo e prolongado. A doença deixa de ser transmissível, assim que o tratamento é iniciado.
Ao penetrar no organismo, ela desencadeia uma luta com o sistema de defesa. Dependendo do resultado, após um período de incubação prolongado, que pode variar de seis meses a seis anos, o indivíduo poderá desenvolver de fato a hanseníase, que apresenta diversos tipos de manifestações na pele, variando de caso a caso os seus estágios, dos leves para os mais graves.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está em segundo lugar no ranking de países com incidência maior de casos, atrás apenas da Índia, em uma média de 11,6% em comparação ao resto do planeta. É uma questão grave de saúde pública no país, de acordo com a assessora do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sandra Durães.
Estamos trabalhando na prevenção e educação com relação a esta doença preocupante. Já organizamos diversos Mutirões da Saúde em nosso voluntariado médico no Cangaíba onde, sempre são constatados casos de hanseníase, que são direcionados diretamente para o tratamento devido.
No dia 20 de outubro deste ano, realizaremos o Encontro de Hanseníase, numa parceria com a Sociedade Brasileira de Hanseníase e o NABEM, na Câmara Municipal de São Paulo. Será um importante espaço para discutirmos a prevenção, o tratamento e o preconceito.
É essencial a sociedade manifestar apoio às pessoas com hanseníase e é dever do Estado lutar pela saúde digna dos cidadãos!
Gilberto Natalini- Médico e Vereador PV/SP

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