Sampa que te quero verde!

São Paulo, mais conhecida como selva de pedra, por seus prédios comerciais, a rotina cansativa do paulistano, o vai e vem, trânsitos caóticos, se fecha muitas vezes em sua mancha cinza de poluição ou de correria diária dos cidadãos que não tem tempo para um descanso ou uma atividade alternativa dentro da semana. O olhar para o frescor, sensação de leveza e beleza na cidade, não é muitas vezes importante e bem pautado pela população. A questão é a arborização.


A infraestrutura verde de uma cidade é formada por suas bacias urbanas e por áreas permeáveis com algum tipo de vegetação, podendo abranger desde florestas urbanas a canteiros, passando por parques e praças. Estas áreas são de extrema sobrevivência das cidades. Esses espaços são amenizadores microclimáticos e sem eles construímos grandes ilhas de calor.
A mancha urbana de São Paulo tem apenas 26 m², em média, de praças e parques por pessoa, segundo estudo da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde, é de 36 m² de perímetro verde por habitante.
Aumentar a arborização de um quarteirão pode fazer com que se reduza drasticamente a quantidade de doenças crônicas. Em áreas com grande cobertura de vegetação, há uma redução de até 14% nas taxas de diabetes, de 13% nas taxas de hipertensão e 10% nos distúrbios de colesterol. Em um quarteirão, ir de um nível baixo para alto de vegetação está associado a 49 menos doenças crônicas por cada mil moradores, de acordo com Scott Brown, um dos autores desta pesquisa e professor de ciências de saúde pública.
A cidade carece por mais espaços verdes. O poder público precisa aumentar e muito o plantio e a criação de parques e praças e incentivar cada vez mais o cidadão a plantar e a cuidar das árvores.   
Gilberto Natalini- Médico e Vereador PV/SP
 

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