Vem Parque Augusta!

A capital receberá mais uma área verde de lazer para a população. A Prefeitura de São Paulo assinou nesta sexta (10) o termo do acordo que permite a criação do Parque Augusta entre as ruas Caio Prado e Marquês de Paranaguá. Esta é uma demanda que coloca fim a uma longa disputa judicial que se estende desde a década de 1970 para a criação de um parque na região central da cidade, carente de área verde. O vereador Gilberto Natalini (PV) foi um dos principais articuladores para que o parque saísse do papel.

“Há muitos anos a comunidade luta pela implantação do Parque Augusta, no centro de São Paulo. Participo dessa luta há muito tempo, sempre junto da comunidade. Com muito esforço, hoje conquistamos uma vitória para os defensores do verde, para todos que lutaram bravamente pelo parque e para a cidade de São Paulo. Assinamos com a Prefeitura de São Paulo, Ministério Público, empresas proprietárias do terreno e representantes da sociedade civil um acordo que permitirá finalmente a implantação do tão sonhado Parque Augusta. Será um oásis de área verde no deserto de cimento no centro de São Paulo. A nossa luta valeu a pena. Por São Paulo mais verde e mais sustentável”, disse Natalini. 

O acordo de hoje é assinado juntamente com o Ministério Público Estadual, as empresas Albatroz e Flamingo (Cyrela e Setin), proprietárias da área, além da Samorcc (Sociedade de amigos, moradores e empreendedores dos bairros Cerqueira César, Consolação e Jardins), o Movieco (Movimento Ecológico) e a Amacon (Associação de Moradores e Amigos do Bairro da Consolação e Adjacências). “Este projeto é um sonho da sociedade civil. Hoje é um dia de festa, pois todos contribuíram, de alguma forma, para que esse dia chegasse”, afirmou o promotor do Ministério Público, Silvio Marques.

O acordo de 2018 pretende, de forma mais ampla, compatibilizar diferentes questões públicas:
– Criação do parque público (com a integridade da área verde existente) e boulevard de ligação com a Praça Roosevelt (Rua Gravataí);
– Atender à Lei Municipal 15.941/2013 que cria o Parque Municipal Augusta;
– Maximizar os recursos de aproximadamente de R$ 90 milhões, recuperados pelo Ministério Público;
– Contribuir para reforma de equipamentos públicos essenciais e reduzir a demanda por vagas em creches na cidade e na região;
– Extinguir todas as ações populares e inquéritos instaurados pelo MP envolvendo os imóveis e seus proprietários.
Investimentos com dinheiro recuperado
Este acordo sobre o Parque Augusta permitirá que a Prefeitura de São Paulo invista aproximadamente R$ 90 milhões, em obras de construção de equipamentos da Secretaria Municipal de Educação. Com este recurso, serão custeados 22 Centros de Educação Infantil (CEIs), 12 novos Centros de Educação Unificados (CEUs) e sete Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs).
A Prefeitura já possui o dinheiro, vindo de ressarcimento por desvio de recursos municipais. Em fevereiro de 2015, a Prefeitura e o Ministério Público assinaram termos de ajustamento de conduta com dois bancos estrangeiros para indenizar a administração municipal em mais de R$ 60 milhões por terem sido utilizados na movimentação de recursos desviados durante a gestão de Paulo Maluf (1993-1996).
Os acordos para a indenização nasceram como resultado de um inquérito civil (PJPP-CAP 344/2001), instaurado em 2001 pela Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital, em face dos desvios de verbas ocorridos durante a construção do Túnel Ayrton Senna e da Avenida Água Espraiada, atual Roberto Marinho, e da remessa de valores para o exterior.
Dentro do acordo, havia uma cláusula que previa o uso prioritário de parte do dinheiro na aquisição do Parque Augusta, que agora será destinado para o custeio de novas vagas em creches.
Parque Augusta
O Parque Augusta fica em um terreno de aproximadamente 24 mil m² no Centro de São Paulo que preserva sua vegetação significativa e bens de valor histórico. Os parques mais próximos são Buenos Aires, Mario Covas e Trianon.
O projeto foi pensado de acordo com os parâmetros definidos no Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada. Também foram pensadas diretrizes para garantir a acessibilidade e a preservação do patrimônio tombado na área, que inclui toda a vegetação do bosque, a edificação remanescente do antigo Colégio Des Oiseaux, além do portal localizado na Rua Caio Prado.
Folha de São Paulo- Construtoras e Prefeitura fecham novo trato sobre Parque Augusta
TV Globo- Saiu o acordo do Parque Augusta
Fonte: Site Prefeitura de São Paulo
 

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