Você sabe o que é e-lixo?

A gestão de resíduos é um enorme desafio para as grandes cidade como São Paulo. Em média, o paulista produz um quilo de lixo por dia. O estado todo, por sua vez, é responsável por um quarto de tudo que é produzido no país.


Muita gente não sabe, mas computadores velhos, laptops, celulares, câmeras, entre outros equipamentos eletroeletrônicos quando ficam obsoletos ou quebram, precisam ser destinados corretamente.
Conforme mostra um relatório da União Internacional de Telecomunicações da ONU, apenas 20% do lixo eletrônico gerado no mundo é reciclado de maneira apropriada. Os dados são do ano de 2016. De acordo com as Nações Unidas, 8,9 milhões de toneladas foram processadas adequadamente. Parece um número considerável, mas é baixo diante dos 44,7 milhões de toneladas de lixo eletrônico que não foram recicladas, mas também, foram descartadas sem o devido cuidado, não tendo passado por nenhum tipo de tratamento ou processamento correto.
É um percentual muito baixo, tendo em vista os prejuízos que se dão. Além dos danos causados à natureza – como a liberação de metais pesados nas nossas águas e solo, a redução do tempo de vida útil dos aterros sanitários – há também as pessoas envolvidas neste trabalho, causando danos à saúde pública, pela contaminação e contato com substâncias tóxicas.
É, também, uma grande renda perdida para as indústrias do setor. Em 2016, a ONU estimou que em torno de US$ 55 bilhões de materiais não utilizados foram, literalmente, jogados no lixo. Elementos que poderiam, muito bem, serem usados para construção de novos dispositivos.
Em vigor desde 2010, a Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi um importante marco no setor, estabelecendo objetivos e diretrizes para melhoria do gerenciamento de todos os tipos de resíduos sólidos no Brasil. Dentre os objetivos previstos destacam-se o fim dos lixões, redução na geração de resíduos e a destinação final correta através do aumento da reciclagem e da reutilização. Ocorre que ao longo desses últimos sete anos a sua implantação não foi efetiva.
Temos trabalhado firme pelo descarte correto do lixo eletrônico ou e-lixo como é conhecido.
Já organizamos vários encontros e ações para discutir o tema e temos parcerias com instituições que trabalham com o descarte correto de e-lixo, como a Fecomércio SP. O mais recente foi realizado na 17ª Conferência de Produção mais Limpa e Mudanças Climáticas, onde 663 kg de lixo eletrônico foram coletados.
Há vários pontos de coleta na cidade de São Paulo, onde os mais conhecidos são: Câmara Municipal de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente/CETESB, Parque Trianon, Parque Ibirapuera, Prefeitura de São Paulo, entre outros.
O descarte correto do lixo eletrônico é muito importante. Campanhas de conscientização precisam acontecer. A natureza agradece. Vamos nessa?

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