Mandato Natalini participa de evento sobre setor energético na ACSP

Em 04/08, o Conselho de Infraestrutura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promoveu o seminário “A Política Energética Brasileira” debatendo com especialistas como o Prof. José Goldemberg da USP, Prof. Adriano Pires da Coppe e CBIE, Sandro Yamamoto, diretor técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Paulo Cezar Tavares, diretor da SOLenergias e a grave crise no setor causada por políticas desastrosas do governo federal.

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Os principais pontos destacados pelos expositores foram: pesado endividamento das geradoras e distribuidoras de eletricidade; dívida monumental e corrupção desenfreada na Petrobras, Eletrobras e Eletronuclear; quadro dramático no setor de etanol e bioletricidade a partir do bagaço de cana com 120 usinas fechadas e 120 mil desempregados e parques eólicos parados por falta de linhas de transmissão a cargo do governo. Representou o Gabinete, Marcelo Morgado, assessor de meio ambiente.
A seguir são elencados alguns dos principais pontos das palestras.
– O custo elevado da energia está agravando o cenário de deterioração da economia, afetando a produção industrial.
– É fundamental reestruturar a matriz incentivando a energia fotovoltaica, eólica e de biomassa.
– O Prof. Goldember alertou para que desde 1985 as hidrelétricas construídas possuem reservatórios pequenos (a fio d’ água) e daí não suportam períodos prolongados de estiagem.
– Até 2023 espera-se que o potencial instalado cresça 35%, mas o armazenamento de água, apenas 2%.
– Também se discutiu o problema da matriz estar sendo sujada com mais termoeletricidade, indo de encontro a uma economia descarbonizada, mitigando emissões de gases de efeito estufa.
– Apesar da ampla costa e ventos de ótima qualidade (abundantes e constantes) o Brasil está apenas na 10° posição entre os países que mais se usam esta fonte.
– Hoje há dez parques eólicos prontos para produzir energia, mas não ingressam no sistema interligado devido a não se ter linhas de transmissão (já foram 40 e se espera que o problema esteja equacionado finalmente até o fim de 2015.
– Quanto a energia solar o Brasil possui pífios 15 MW – 0,01% da matriz. Entre os entraves está a pesada tributação sobre os painéis solares (Ex: sobre o inversor fotovoltaico incide cerca de 60% de impostos).
– Ainda há muito o que se fazer para estimular o etanol brasileiro, como melhorar a regulação do setor.

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