O médico e vereador Gilberto Natalini (PV) foi um dos convidados para participar da abertura do 20º Congresso Brasileiro de Diabetes realizado nesta sexta feira, 24, no auditório da UNIP – Universidade Paulista – em São Paulo. Participaram deste encontro: representantes do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde, ANVISA, além de várias entidades e conselhos da área médica.
O Congresso apresentou como fator principal do encontro o enfoque multidisciplinar e inter-institucional no que diz respeito ao diabetes. “O diabetes não pode mais ficar só no aspecto médico e sim na área médica de forma ampliada. “É necessário que os outros profissionais da saúde trabalhem de forma conjunta como: profissionais de nutrição, enfermagem, odontologia, fisioterapia, farmácia entre outros tecnólogos da área da saúde”, afirmou Prof. Dr. Fadlo Fraige Filho – Presidente da ANAD – Associação Nacional de Assistência de Diabético.
O doutor Fraige, também, lembrou-se da tentativa e empenho pelas insulinas ultra-rápidas da qual Natalini luta, incansavelmente, para conseguir implementar. “Encaminhei um ofício ao Ministério da Saúde, no início deste ano, solicitando a incorporação de insulinas ultra-rápidas para as pessoas com diabetes. Já recebi a resposta de que ainda não é possível, mas não podemos desistir, pois trata se de um assunto muito sério e a minha maior preocupação como médico é que possamos melhorar a qualidade de vida desses pacientes”, explicou Natalini.
As políticas públicas também foram abordadas na palestra magna realizada pelo australiano Dr. Gordon Bunyan – Vice- Presidente do IDF – International Diabetes Federation -, com enfoque à “Epidemia Global de Diabetes”. Segundo Gordon, o Brasil está à frente na política de tratamentos e insulinas para o diabetes. “Na Austrália, por exemplo, a população não tem nenhum tipo de programa de gratuidade desse tipo de medicamento, as pessoas com diabetes precisam pagar sua medicação”, disse ele.
De acordo com dados da ANVISA, o Governo Federal, no ano de 2013, gastou com o programa “Farmácia Popular” dois milhões de reais com medicamentos para pessoas que possuem diabetes e hipertensão arterial, por exemplo.
Para o Ministério da Saúde, muito mais do que normatizar e criar leis, no caso do diabetes é importante que seja criado um programa educacional, de informação e atenção aos portadores para que eles mesmos possam fazer o auto-cuidado e o controle da insulina.
Sobre o diabetes:
O Diabetes Mellitus é doença crônica causada pela falta absoluta ou relativa da insulina no organismo. Quando a insulina produzida pelas células beta pancreáticas torna-se insuficiente, a glicose é impedida de ser absorvida pelas células, o que ocasiona elevação da mesma na corrente sanguínea. Os níveis glicêmicos ideais em jejum, variam de 70 a 99 mg por 100 ml de sangue.
Se as células não recebem glicose, o cérebro sinaliza que está faltando alimento (energia) para o corpo e ativa mecanismos de emergência para providenciar esse alimento. Esses mecanismos fazem o fígado produzir glicose e mandá-la para o sangue, além de obrigar o tecido gorduroso a queimar suas reservas para produzir mais energia que movimentará o corpo humano.
Como consequência a glicose vai subir mais ainda, e o paciente começa emagrecer e sentir Fraqueza (pois ao mesmo tempo falta energia, já que a insulina responsável pela absorção da glicose está ausente ou deficiente).
Esses fenômenos levam a pessoa a sentir fome (polifagia), o que vai aumentar ainda mais os níveis sanguíneos de glicose. A queima de gorduras para produzir energia gera Corpos Cetônicos, que devem ser eliminados pela respiração, o que ocasiona um hálito com cheiro adocicado (Hálito Cetônico) e pela urina (Cetonuria). Fonte: ANAD