O Brasil comemora hoje o Dia Nacional da Mata Atlântica. Presente em 17, dos 26 estados brasileiros, o bioma apresenta diferentes paisagens e uma diversidade de vida que chega a mais de 22 mil espécies de animais e plantas.
A Mata Atlântica abrange cerca de 15% do território nacional, incluindo as principais regiões metropolitanas do Brasil. Nela, moram cerca de 72% dos brasileiros e 70% do PIB Nacional é produzido.
No entanto, a vegetação remanescente ocupa cerca de 12% da área de cobertura vegetal original do bioma. A longa história da devastação da Mata Atlântica começou com a chegada dos colonizadores portugueses no século 16 e desde então não parou mais.
Recentemente a luta pela preservação dos remanescentes de Mata Atlântica sofreu um duro ataque, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, determinou que sejam aplicadas as regras do Código Florestal (Lei 12.651/2012) e não da lei específica sobre o bioma, Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006.
Com essa canetada, milhares de autos de infração ambiental por desmatamento e incêndios provocados em áreas de preservação do bioma podem ser cancelados. Diversas organizações ambientais entram na justiça contra à medida que no momento encontra-se judicializada.
Na cidade São Paulo, a Mata Atlântica, que abrange cerca de 30% do município, também está em perigo. O desmatamento está totalmente fora de controle, colocando em risco o abastecimento de água da cidade.
O vereador Gilberto Natalini (PV-SP) pediu a instalação de uma CPI para investigar a devastação sistemática da Mata Atlântica em São Paulo. Não foi atendido. Recentemente apresentou a segunda edição do dossiê “A Devastação da Mata Atlântica no Município de São Paulo” (2ª Edição, 700 páginas).
O estudo aponta que todos os dias dezenas de árvores da Mata Atlântica são criminosamente derrubadas na cidade. A maior parte da cobertura vegetal vai ao chão na Zona Sul do município para que organizações criminosas implantem loteamentos clandestinos em áreas de proteção ambiental.
Confira a íntegra do dossiê.
