O tempos da ALALC (Associação Latino Americana de Livre Comércio), bafejados pelo surgimento do Mercado Comum Europeu, acabaram por dar à Argentina e ao Brasil em 1985, no conhecido tratado de Iguaçu, a formação do Mercado Comum der Sur ou Mercado Comum Do Sul, o Mercosul ou, ainda, ao Nemby Nehuma, em guarani, que consiste em renúncia aduaneira de livre comércio interzonal e com política comercial comum. Em 1960 Bolívia e Chile passaram a integrar o grupo apenas como associados até que resolvessem a pendência territorial entre ambos.
A integração interzonal entre apenas Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Chile, embora provisórios ainda, dá-se em face do rigoroso protocolo de entendimento acertado no Tratado de Iguaçu, onde consta em um dos principais capítulos, a adoção de regime democrático em sua totalidade da expressão pelos signatários.
Agora, com a queda do governo de Fernando Lugo, embora esse expediente tenha sido democrático, o fato é que os governos do Brasil, da Argentina e do Uruguai consideraram a decisão do Parlamento Paraguaio uma violência e declararam não estar de acordo com a medida, criando um conflito, tanto que declararam o Paraguai como suspenso a partir de 30 de julho próximo.
Na esteira da suspensão, aproveitaram o espaço aberto para admitir a Venezuela que por vários anos estava pleiteando seu ingresso no grupo, embora rejeitada pelos países membros, mormente o Paraguai, face ao processo quase ditatorial bolivariano.
Agora, no entanto, e muito provavelmente com a força adesiva de Marco Aurélio “top-top”Garcia, assessor especial da Presidente Dilma, a Venezuela passa a integrar o Mercosul, mesmo após a suspensão de remessa de petróleo venezuelano ao Paraguai, determinada por Hugo Chaves, formando o bloco esquerdista.
Sempre houve por parte dos países Sul Americanos uma certa desconsideração para com a política norte americano de comércio, não muito livre em razões de restrições com América do Norte.
Com a queda do gigantismo pela entrada dos Brics no processo de livre comércio, o USA viram-se obrigado a reverem suas posições, abrindo mais espaço para comerciar os produtos sul americanos. Esbarram, no entanto, com as dificuldades ideológicas dos países do Mercosul.
Agora, com a suspensão do Paraguai, consta que está aberto a caminho para um acordo de livre comércio entre os dois países, furando – por assim dizer – um bloqueio imposto pela ideologia, acordo esse que, uma vez concluído, trará grandes facilidades ao Paraguai e se apresentará como castigo aos demais membros do Mercosul.