No que tange à revisão do Plano Diretor Estratégico para a nossa São Paulo, ora em discussão, é um sonho de verão de todo paulistano deseja ver a coisa funcionando iguais aos países de primeiro mundo. Na Austrália, por exemplo, país mais novo que o nosso, novas construções e ou reformas são concedidas com a simples comunicação do interessado. A fiscalização desse ato é feita via satélite de tal forma que qualquer alteração detectada é registrada pela via eletrônica espacial havendo infração, pesada multa chega ao infrator sem choro nem vela ou então um trator comparece ao local para derrubada do que ultrapassou os limites legais.
Os empresários do ramo imobiliário costumam dizer que demoram de 10 a 20 meses para construir um prédio e 20 meses para, superando a burocracia, obter autorização.
Confesso que embora não sendo um especialista no assunto, este atual Plano de revisão traz-nos a esperança que a cidade tenha um pouco mais de ordem e progresso.
O Plano é imenso e abrange múltiplos aspectos da ciência da urbanidade e deverão ser discutidos com a população numa grande série de audiências públicas para esclarecimento de seus cinco títulos principais.
A primeira delas versou sobre o Título III, que trata da Estruturação e Mobilidade Urbana, segundo os artigos 175 a 199 do PL.688/2013.
A discussão desses temas é ampla e complexa, mas reconheceu-se que o grande déficit de moradias que a cidade possui, de um lado, e o fenômeno caracterizado pela concentração cada vez mais densa de população, de outro lado, vai acabar permitindo adensamento residência no restrito espaço disponível, que exigirá grande concentração em transporte público, forçando abandono à cultura do automóvel que, ao longo do tempo, será condenado a quase uma aposentadoria compulsória.