Gabinete Natalini participa de evento na FIMAI

Marcelo Morgado, assessor de meio ambiente, representou o Vereador Gilberto Natalini, proferindo palestra no seminário internacional “Utilização de Resíduo Sólido Urbano como Insumo Energético Sustentável”, organizado pela A&WMA – Air & Waste Management Association, como um evento paralelo à XV FIMAI – Feira Intern. de Meio Ambiente Industrial, realizada de 05 a 07/11 no ExpoCenter Norte pela RMAI (revista Meio Ambiente Industrial).

SeminarioXVFIMAI

Durante o evento houve apresentações sobre as UREs (usinas de recuperação de energia) em que o lixo é queimado para produzir eletricidade e vapor, sendo uma forma de destinação majoritária em países europeus como França, Holanda, Dinamarca e Noruega (este chega a importar lixo da Inglaterra).
Marcelo fez uma explanação sobre as vantagens e desvantagens das UREs e entre os problemas apontados estão a disposição das cinzas geradas (cerca de 30% do total enfornado), perigosas por conter compostos tóxicos como dioxinas e furanos, o investimento elevado e custo operacional que exigem capacidades superiores a 600 t/dia para ganho de escala e necessidade de disponibilidade de gás natural como combustível auxiliar.
O assessor defendeu que esta rota não deve prejudicar o fomento à reciclagem em especial de embalagens de papel/papelão e plástico, que por terem poder calorífico mais elevado, são muito atrativas para as UREs. Embora as UREs, estejam previstas no rol de alternativas da PNRS (e antes dos aterros) e apresentem vantagens como ocupar pouca área, gerar pouca emissão de odores, persiste a polêmica quanto a serem adequadas para um RSU úmido com mais de 50 % de matéria orgáncia como o típico no Brasil. Nesse sentido a digestão anaeróbia dessa fração, gerando biogás para produzir eletrticidade e biosólido para agricultura sãomais indicadas.
Assim as UREs devem ser consideradas apenas para áreas muito conturbadas ou onde a condição geológica desfavorável à implantação de aterros (Ex: Baixada Santista) exige que o lixo seja transportado por longas distâncias. Marcelo também alertou quanto a tecnologia a ser adotada dever ser a melhor disponível, não podendo se transigir em nada nos níveis de segurança, cabendo ainda amplo esclarecimento da comunidade do município que vier a implantar tal solução para o RSU. Felizmente no estado de S. Paulo se estabeleceu via resolução SMA 079/2011 limites semelhantes aos vigentes na Europa para os poluentes gerados.

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