Especialistas e entidades discutem poluição sonora da cidade

Especialistas em acústica e entidades que se dedicam ao controle de ruídos participaram nesta segunda-feira (15/12) do debate ‘Ruídos Urbanos: Diagnósticos e Perspectivas’, realizado na Câmara Municipal de São Paulo. O encontro fez parte do Ciclo de Debates Município Saudável, promovido pelo vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara.

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O objetivo foi discutir novas tecnologias para o controle dos danos causados pela poluição sonora. Foram apresentados projetos como o das montadoras VW/MAN e Usima, que cria caminhões de coleta de lixo com menor emissão de ruídos.
O consultor acústico da ProAcustica (Associação Brasileira de Qualidade Acústica), Juan Frias, acredita que a cidade precisa incluir em seu planejamento urbano um sistema de proteção acústica. “Até hoje não foi levado em consideração no planejamento urbano geral a área acústica. Isso evitaria casos como o do Minhocão, que são fontes fixas de muito ruído e volume de trânsito em áreas residências. Com esse planejamento evitaríamos situações como esta”, afirmou.
Frias ainda deu algumas sugestões de ações que auxiliam no controle dos barulhos, em casos como o do Minhocão, como túneis e barreiras acústicas, redução de limite de velocidade e estimulo de produção de carros elétricos. “Todas essas podem ser ações de um conjunto para diminuição de ruídos na cidade”, finalizou.
Também foram discutidos o Programa de Silêncio Urbano – PSIU. Para a presidente do Movimento Defenda São Paulo, Lucila Lacreta, o serviço ainda deixa a desejar em relação ao atendimento. “Reclama-se ao PSIU, mas ele alega que tem um prazo de 48h para atender a sua reclamação. O serviço não funciona imediatamente, então, muitas vezes deixa de ter efeito. Isso precisa ser revisto ou ficamos com as mãos atadas”, disse.
“As pessoas ainda tem a cultura de achar feio denunciar e exigir seus direitos e acabam aceitando o mal feito. Quem perde com isso somos nós, pois a infrações continuam e os infratores ficam livres sem serem autuados como deveriam”, avaliou Lucila.
 

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