Nesta sexta-feira, 8 de maio, o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer celebrou missa na Catedral da Sé, pelos 100 anos do genocídio armênio. A cerimônia contou com a presença do vereador Gilberto Natalini (PV), do Bispo da Igreja Católica Armênia Dom Vartan Waldir Boghossian, do Embaixador da Armênia no Brasil Sr. Ashot Yeghiazarian e do Sr. Kevork Zadikian- Presidente do CNA, entre tantas outras personalidades e autoridades.
“Por uma Cultura de Paz precisamos reconhecer o genocídio armênio, inocentes morreram. 20 países já reconheceram, o Brasil precisa reconhecer também. No dia 26/05, às 19h, realizaremos no Salão Nobre da Câmara Municipal de SP, a Sessão Solene em Reconhecimento do Genocídio Armênio, todos estão convidados”, disse Natalini.
Papa Francisco também presidiu Celebração Eucarística no Domingo da Divina Misericórdia, 12 de abril, na Basílica de São Pedro, para os peregrinos de rito armênio, em memória à tragédia vivida pelos armênios há um século.
O genocídio armênio, período sombrio da história, ocorreu entre 1915 e 1923 e totalizou cerca de um milhão e meio de armênios mortos por ordens do governo otomano. Os principais responsáveis pelo planejamento do massacre foram os membros Comitê União e Progresso, partido político nacionalista, que aglutinava os chamados “Jovens Turcos”. Entre os nomes mais influentes da época estavam os dos ministros de Estado Mehmet Talaat Paxá e Ismail Enver Paxá.
Hoje a principal luta de milhões de armênios e não armênios é pelo reconhecimento mundial das atrocidades cometidas pelos Jovens Turcos durante a I Guerra Mundial no referido genocídio. Até agora, mais de vinte países reconhecem a existência do genocídio armênio (ver Quem Reconhece). Contudo, o Brasil ainda não figura nessa lista. Todos os anos, na semana do dia 24 de abril, manifestações públicas em memória das vítimas do genocídio são organizadas em São Paulo com o objetivo de dar visibilidade ao acontecimento histórico e à luta do povo armênio e para pedir o reconhecimento do massacre aos governos do Brasil e da Turquia, dentro dos parâmetros democráticos e pacíficos.