A Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Gilberto Natalini (PV) recebeu neste sábado (30/5) mais de 1500 pessoas para participar do 13º Encontro Municipal e 11º Encontro Nacional de Psoríase e o 8º Encontro de Vitiligo. Durante o evento, médicos, pacientes e interessados no assunto discutiram sobre novos tratamentos e os principais desafios de pessoas que têm uma dessas patologias.
O vitiligo e a psoríase são doenças de pele que, segundo o dermatologista e um dos idealizadores do evento, Cid Sabbag, atinge cerca de 2% da população. “Essas patologias ainda são pouco conhecidas e o diagnóstico, muitas vezes, demora a ser feito. Por isso, eventos como esses são tão importantes para levar informação não apenas aos médicos, mas também para a população”, afirmou.
O especialista ainda explicou quais são os sinais que devem deixar a pessoa atenta. “A psoríase é muitas vezes confundida com caspa, porque causa escamações. No caso do vitiligo, surge com uma mancha branca e elas vão aumentando, porque o corpo deixa de produzir cor”, acrescentou.
A participante e fundadora da Associação Amigos com Psoríase, Thays Ciconi, concorda que o problema ainda é pouco conhecido. “Tenho psoríase desde os 12 anos e os médicos demoraram para fazer o diagnóstico. Comecei a pesquisar mais sobre o assunto e vi o quanto faltava informação sobre essa doença. Por isso, resolvi fundar essa associação para que as pessoas saibam que esse problema pode ser controlado, basta apenas conhecimento”, contou.
Os pacientes também devem ter muita atenção com a saúde bucal. “Pessoas com psoríase e vitiligo devem contar ao dentista que tem a patologia e procurar o especialista sempre que notar alguma mudança na mucosa, além de fazer a higienização corretamente”, afirmou a integrante do Conselho Recional de Odontologia de São Paulo Rada El Achkar da Silva.
“A psoríase é uma condição e deve ser tratada integralmente, com realização de exames pontuais e acompanhamento de médicos especialistas, que conheçam bem a doença”, disse Dra. Valéria Petri- vice reitora da UNIFESP.
Durante o encontro, um dos principais problemas apontados por profissionais da saúde e pacientes é o preconceito. “Acho que se a sociedade tivesse mais esclarecimento sobre o problema, não teríamos esse problema”, opinou o técnico de enfermagem Jorge Alberto, que veio de Itatiaia (RJ). “Vim até São Paulo para ver os debates e as opiniões dos especialistas sobre essas patologias”, afirmou.
O Dr. Nacime Salomão Mansur (UNIFESP e CREMESP) elogiou o legislativo paulistano por estar envolvido com o tema. “Esses encontros são importantes porque orienta os profissionais da área e também a população, porque é necessária essa interação entre todos os envolvidos. A Câmara cumpre assim o seu papel com a sociedade”, declarou.
Responsável por projetos que buscam medidas para melhorar o dia a dia de pessoas com psoríase e vitiligo e um dos idealizadores do encontro, o vereador Natalini (PV) afirmou que a cada ano o evento atrai mais participantes. “Os debates ajudam a preparar os profissionais a lidar com essas doenças e, por isso, esse encontro atrai cada vez mais especialistas”, afirmou.