Frente pela Sustentabilidade vistoria área às margens do Pinheiros ameaçada de perder verde para espigões

O Vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade da Câmara Municipal, realizou na 6ª feira (16/10),  às 09h30, uma vistoria em área na margem esquerda do rio Pinheiros, em frente ao Shopping Cidade Jardim, no Morumbi.

Pinheiros

 
A gleba de 17 mil m² era área pública desde 1925, quando do alargamento do rio e pertencia à EMAE, empresa pública estadual, detentora e operadora das represas Billings e Guarapiranga. Em 2011, o terreno foi arrematado em licitação pela construtora JHSF que pretende construir edifícios residenciais e um arranha-céu de 139 m no local.
O empreendimento na área de preservação permanente (APP) do curso d´água foi incrivelmente aprovado pelos órgãos de licenciamento do Estado e Prefeitura, em que pese exigiria a remoção da vegetação arbórea, plantada pelo belo Projeto Pomar, que revitalizou às margens.

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Mais surpreendente ainda, a obra requer o remanejamento de torres de alta tensão e de uma substação de porte. Assim as pistas da marginal seriam refeitas mais próximas ao rio no trecho e se ergueriam as construções onde hoje correm as marginais. Alega-se num raciocínio tortuoso, que como o novo Código Florestal permite intervenções de interesse público em APPs, as pistas deslocadas seriam admissíveis mais próximas ao rio. Ou seja todos ingredientes da chamada especulação imobiliária, que sacrifica o interesse e qualidade de vida da população local em proveito do lucro e mais valia da transação.
A população organizada em várias associações de bairro, como a Amigos da Cidade Jardim, vem lutando contra este projeto e em reunião de setembro da Frente pela Sustentabilidade da Câmara Municipal de São Paulo apresentaram seu protesto.
A visita foi documentada pela TV Câmara, que entrevistou o advogado Roberto Delmanto Jr. da ONG SOS Panamby, uma das que têm protagonizado e repercutido a insatisfação geral. Ele lembrou do impacto sobre o já engarrafado trânsito que o enorme fluxo adicional de veículos causará (serão cerca de 4000 vagas no local, sendo 2000 no centro comercial e assim, com picos e rotatividade maiores).
 

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