Realizada nesta quinta-feira (5) a reunião da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade discutiu o Projeto de Requalificação do Vale do Anhangabaú. Para Gilberto Natalini (PV), presidente da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade “existe um sentimento contrário ao projeto apresentado pela Prefeitura. A minha opinião é muito crítica ao projeto. Eu faria uma bela faxina no Vale, recuperaria o que precisa, faria os ductos, a drenagem, mas não destruiria o projeto da Rosa Kliass e do George Willaeim”.
Além dos vereadores da Frente, estiveram presentes o arquiteto Michel Gorski, coautor do antigo projeto Anhangabaú; Valéria Rossi, representando o Condephat/ UPPH – Unidade de Preservação de Patrimônio Histórico, o diretor de Gestão e Finanças da SPUrbanismo, Mário Reale e o coordenador do projeto pela SPUrbanismo, Luis Eduardo Bretas.
A revitalização do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, foi debatida pela 3ª vez pela Frente Parlamentar pela Sustentabilidade. Um projeto orçado em R$ 100 milhões prevê melhorias para o local. Moradores e ativistas se posicionaram contrários à proposta.
Carlos Betel é morador do centro há mais de dez anos. Para ele, o valor orçado para as obras é muito alto. “Se você recuperar as quatro fontes que temos ali, você recupera o Anhangabaú. Bastam R$ 2,3 milhões. A iluminação está boa, o piso precisa de alguns reparos e precisa de limpeza. Isso já dá o brilho que o Anhangabaú merece como berço da cidade”, disse.
Mario Reale, diretor da SP Urbanismo, explicou que a ideia é de se fazer no Vale do Anhangabaú uma intervenção necessária para que possa contemplar todas as demandas locais. “E não estamos apresentando somente um projeto, mas também um novo modelo de gestão. A zeladoria vem junto com esse projeto”, afirmou.
Presidente da Frente Parlamentar, o vereador Natalini (PV) se mostrou satisfeito com o debate. “Terceira reunião que a gente faz sobre a requalificação do Anhangabaú. A maioria das pessoas que vieram, inclusive nós vereadores, percebemos que o local precisa de zeladoria”, disse posicionando-se contrário à proposta da prefeitura.
O valor da obra está estimado em R$ 100 milhões e a verba virá da Operação Urbana Centro.
Natalini esclareceu que já tem em mãos o projeto que será avaliado. “Não vamos esgotar o assunto hoje; nossa intenção era escutá-los, eles nos escutarem e aí aguardar as datas das reuniões que serão agendadas pela SPUrbanismo”.