Realizada nesta terça-feira (1º) durante a CPI da Saúde, na Câmara de São Paulo, uma acareação entre a atual e antiga diretoria da Unimed Paulistana. A Unimed Paulistana está em “uma situação trágica”, segundo afirmação do atual presidente ao depor na CPI. Marcelo Nunes denunciou um “vazamento de informação que levou aos boatos que causaram a inadimplência da Unimed Paulistana e, com isso, 36 mil pacientes migraram para Unimed FESP.
Por outro lado, o ex-presidente da Unimed considerou “questão pequena” a pergunta dos vereadores membros da CPI sobre a viagem feita com 150 convidados para a África do Sul onde foram gastos R$2 milhões de reais.
“O que mostra a realidade é que são três mil funcionários sem receber direitos trabalhistas; mais de 300 mil beneficiários sem atendimento e a Unimed é a maior devedora de tributos em São Paulo – cerca de R$ 731 milhões em 2014 – o que respinga no Sistema Único de Saúde / SUS implicando enormes prejuízos”, apontou o vereador Gilberto Natalini (PV), vice-presidente da CPI da Saúde.
Até o momento, foram elaborados 45 relatórios pela PP&C Auditores Independentes que cobrou R$ 2 milhões/ mês pelo trabalho que durou três meses. A conclusão foi que houve “possibilidade de má gestão e incompetência administrativa”, salientou Paulo José de Carvalho, sócio da empresa.
A Unimed Paulistana foi liquidada pela Agência Nacional de Saúde /ANS em setembro deste ano de 2015 com uma dívida de R$ 731 milhões.
A próxima reunião ordinária da CPI da Saúde está marcada para a terça-feira (8). Em razão da necessidade de maiores informações, foi convocada reunião extraordinária da CPI, para o próximo dia 10, com a presença das diretorias, anterior e atual, da Unimed Paulistana.