O Dia Mundial da Saúde foi criado pela OMS em 7 de abril de 1950 e a organização não tem muito a comemorar. Em um resumido balanço a OMS avalia que, embora tenha conseguido a erradicação da varicela, por exemplo, continua a trabalhar no combate à malária, uma de suas grandes batalhas a nível global.
No Brasil, a situação da saúde pública vem deteriorando-se, dia a dia, devido à insensibilidade dos governos federal, estaduais e municipais em garantir que as unidades de saúde, sejam elas hospitais ou centros de saúde, tenham meios de oferecer serviços de boa qualidade, além de capacitar profissionais.
Neste 7 de abril, o vereador Gilberto Natalini (PV) que é médico cirurgião formado pela Escola Paulista de Medicina há mais de 40 anos, esteve no Pátio do Colégio, no centro da cidade, prestigiando a 18ª Feira de Saúde organizada pela Associação Comercial de SP. Natalini é autor da lei que inclui o evento no calendário oficial da cidade de São Paulo.
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, segundo a Organização Mundial da Saúde”, lembrou o vereador ao afirmar que “saúde é um direito de todos e o Estado tem obrigação de prover as condições indispensáveis para isso”.
“Infelizmente, a situação da saúde pública em nosso país é deplorável. Em São Paulo, o Executivo municipal tem acabado com setor. Nos orçamentos de 2013 a 2015, do montante de R$ 2,12 bilhões para a área, somente realizou investimentos de R$ 356,4 milhões, correspondentes a 16,8%. Ou seja, deixou de aplicar 83,2% equivalentes a R$ 1,76 bilhões, dos aprovados pela Câmara de São Paulo”.
O vereador explicou, ainda, que os repasses (transferências) federais pelos serviços prestados pelo município no SUS, em 2015, foram reduzidos em -7.7%, em termos nominais, e – 16,6% em termos reais, comparando com o ano anterior.
“Neste Dia Internacional da Saúde devemos lembrar que o Brasil tem sérias batalhas pela frente na área de Saúde: dengue, Zika, gripe H1N1. Lastimavelmente, o nosso sistema de saúde está doente. Tanto no público como no privado a situação é precária. Até os quase 16 milhões de brasileiros que puderam optar por planos de saúde estão às voltas com os convênios que são recordistas em reclamações de usuários”, finalizou o vereador que faz sua parte como médico atendendo, voluntariamente, todos os sábados na região do Cangaíba.
