O encerramento do contrato se deu em meio a renegociações da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente com os fornecedores. O contrato com a empresa Albatroz se encerrou no último dia 31, quarta-feira, e a renovação, ou nova licitação, ainda está sendo negociada. O acordo vencido já era um aditivo, para prorrogar o prazo do contrato original, que venceu em julho, de R$ 9 milhões.
Os parques afetados são: Aclimação, Alfredo Volpi, Buenos Aires, Cemucam (parque da Prefeitura que fica em Cotia, usado como viveiro), Colina de São Francisco, Independência, Juliana de Carvalho Torres, Vila Leopoldina-Orlando Villas-Boas, Linear do Sapê, Luis Carlos Prestes, Mario Covas, do Povo, Previdência, Raposo Tavares, Trianon e Zilda Natel.
No parque Buenos Aires, em Higienópolis, na região central, a falta de vigilantes já fez com que o horário de funcionamento fosse alterado. Em vez de fechar os portões às 22 horas, a administração optou por encerrar as atividades às 19 horas, quando escurece. A medida desagradou os frequentadores.
“A falta dos vigilantes deixa a gente um pouco preocupado, não é? Tem de ter uma atenção especial com as crianças. E fica sem ter quem chamar se alguém resolve depredar uma estátua, mexer com alguma coisa do parque”, afirmou a babá Cristiane Carmo Reis, de 30 anos, que diariamente leva duas crianças para brincar na área verde.
Outros frequentadores reclamam do que classificam de “clima de abandono”. “Ficam cachorros soltos, muita sujeira. O lugar parece abandonado”, reclamou a dona de casa Olga Rodriguez, de 80 anos.
Guardas. O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena, admite o fim dos contratos e afirma que a Prefeitura está em negociação com os fornecedores para readequar o valor dos contratos de segurança à realidade orçamentária atual.
‘Colapso’. Os riscos, no entanto, fizeram com que o vereador Gilberto Natalini (PV) levasse uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) para exigir que a Prefeitura mantenha vigilantes particulares nos parques municipais. Para o parlamentar, “a situação mostra o colapso da gestão dos parques e áreas verdes da cidade”.
Fonte: Bruno Ribeiro, O Estado de S. Paulo