A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, presidida pelo vereador Gilberto Natalini (PV/SP) promoveu uma reunião de trabalho sobre o tema: “Riscos para a saúde e meio ambiente no contato com o Bisfenol A”.
Considerado como uma substância química perigosa para a saúde e para o meio ambiente, o Bisfenol A, integra a formulação de produtos químicos têxteis, aditivos, lubrificantes adesivos, papel térmico, biocidas, fungicidas, produtos farmacêuticos, agroquímicos, vernizes, resinas epóxi (que são usadas como revestimentos interno de embalagens e latas de alimentos e bebidas) e do policarbonato, determinado tipo de termo-plástico resistente e transparente (de garrafas e vasilhames de alta resistência, óculos, CD). Diferem do polietileno-PE (sacos plástico, de lixo de supermercado, tanques); polipropileno-PP (embalagens; autopeças); o polietilenotereftalato – PET (garrafas pet), as poliamidas – PA(fios e tecidos);, o cloreto de polivinila – PVC(tubulações, calçados, brinquedos), o poliestireno-OS(copos descartáveis, tv, isopor) e o polimetacrilato de metila-PMMA=acrílico(placas, lentes, caixas, revestimentos).
A busca de esclarecimentos sobre os verdadeiros riscos à saúde discutidos mundialmente sobre a exposição humana ao Bisfenol A, implicado como causador de distúrbios hormonais, hereditários, degenerativos e tóxicos, trouxe convidados pesquisadores e especialistas renomados da área Médica Endócrina e Metabólica, da Saúde Pública, da Indústria plástica, da Química industrial acadêmica, do Laboratório oficial de controle de qualidade de produtos e da Vigilância Sanitária, que posicionaram-se sobre a preocupação de identificar e avaliar os impactos sobre a complexidade envolvida na exposição humana ao Bisfenol A ainda em intensas investigações científicas e importantes pesquisas. Estima-se que 90% da população apresentam teores de Bisfenol A no organismo.
A polêmica do Bisfenol A é assistida e monitorada por precaução em legislação e normatização técnica desde 2012 preconizadas pela ANVISA e executadas pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais de todo o país, em alinhamento com as legislações internacionais.
A ampla discussão do tema exige continuidade, compartilhamento e aprofundamento, o que se fará pela Comissão do Meio Ambiente, pela importância que representa em busca de medidas de sugestões preventivas e protetoras da saúde e meio ambiente que agreguem valor à qualidade da vida.
Foto: Luis França / CMSP