O sistema Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na região metropolitana de São Paulo, mas atualmente, esse número caiu para 7,4 milhões após a crise hídrica que vivemos e que atingiu o estado nos últimos dois anos.
Outros sistemas como o Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte desses clientes para aliviar a sobrecarga, no período de estiagem. Neste mês de outubro, o nível de água do Sistema Cantareira apresentou recuo novamente, atuando com 71,8% da sua capacidade, outros quatro sistemas também caíram: Alto Tietê, Alto Cotia, Guarapiranga e Rio Claro. Esses números continuam a assustar toda a população, que dependem da melhoria da escassez de água.
Vale lembrar que, todas atitudes que nós pudermos tomar para evitar o desperdício é de extrema valia. Uma das ações que traz benefícios diários para a cidade, foi a Lei de Água de Reúso nº 16.174/2015, de nossa autoria que, segundo dados da Sabesp economiza mensalmente 2,59 bilhões de litros de água potável na cidade de São Paulo e Grande ABC. Se somarmos esses números, anualmente teremos economizado quase 32 bilhões de litros d’água. Com isso, fica possível enxergar o quanto é essencial que todos estejamos empenhados em evitar outra calamidade com nossos sistemas de fornecimento de água.
A seca em nossa cidade já perdura por 84 anos, e o programa de água de reúso vem para acrescentar melhorias para São Paulo, para não depender somente das chuvas. E para que os sistemas estejam com volume adequado para uma nação que vem crescendo gradativamente.
Gilberto Natalini- Médico, Ambientalista e Vereador PV/SP