A 22ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-22) foi inaugurada na segunda-feira (07) em Marrakesh, no Marrocos. A missão é colocar em prática as metas feitas na COP-21, em Paris, no ano passado, da qual participei representando a Câmara Municipal de São Paulo.
O Acordo de Paris foi assinado por 192 países e ratificado por cem nações, segundo a presidente da COP-21, Segolene Royal. Na conferência deste ano, o desafio está em encontrar soluções efetivas para que os planos de Paris se tornem realidade.
Durante a campanha de Donald Trump, nos Estados Unidos, o agora presidente já eleito salientou seu ceticismo quanto à ciência da mudança do clima prometendo revisar ou “cancelar” o Acordo de Paris. Com essa afirmação, estudantes americanos protestaram do lado de fora da COP-22.
Segolene Royal afirmou também que, 103 países representam 70% dos gases de efeito estufa, e Trump não poderá reverter a ratificação. Além disso, conforme consta nos documentos do acordo, os Estados Unidos deverão esperar três anos antes de poder se retirar.
Levantamento realizado pelo Observatório do Clima e pelo Greenpeace Brasil, aponta que 95% dos cidadãos acreditam que as mudanças climáticas já estão afetando o Brasil, o que deixa evidente que a preocupação deveria vir da parte de todos, inclusive do presidente de uma das maiores nações do mundo.
O pacto pretende manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2°C, mas reúne esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais.
Gilberto Natalini- Ambientalista e Vereador (PV/SP)