O plano de reflorestamento que tem sido executado na China deve servir de exemplo para o Brasil. O projeto teve início em 1999 e até 2013 foram reflorestados 28 milhões de hectares, área equivalente ao Estado de Alagoas. Sendo que, há poucos dias, o governo chinês anunciou uma nova etapa do plano que prevê para 2018, o reflorestamento de mais 6,6 milhões de hectares.
O Brasil estabeleceu na sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) durante o Acordo de Paris em 2015, a meta de reflorestar 12 milhões de hectares até 2030, porém pouco fez nos últimos três anos.
Ao longo dos cinco mandatos na Câmara Municipal de São Paulo e também, enquanto Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente, não tenho dispensado esforços para aumentar a cobertura vegetal da cidade e garantir não só o respeito aos direitos das árvores, como também a qualidade de vida dos cidadãos paulistanos.
Durante a minha gestão na Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, dei continuidade no processo de elaboração do recém-lançado Plano de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica – PMMA e neste momento pretendo formalizar a adesão da Câmara Municipal de São Paulo ao esforço de implantação do PMMA, por meio da formação de uma Comissão Legislativa para o acompanhamento do processo de implantação.
Além disso, com apoio de técnicos da Prefeitura, ambientalistas e organizações não governamentais ligadas a essa agenda, estou elaborando um novo projeto de lei para substituir à Lei nº 10.365, de 22 de setembro de 1987, que disciplina o corte e a poda de vegetação de porte arbóreo existente no município.
Proponho que esse projeto de lei garanta a preservação, o plantio e o tratamento das árvores e que modernize e agilize a poda. Acredito que a árvore é imprescindível para a qualidade de vida das pessoas, mas precisa ser plantada e cuidada.
Gilberto Natalini- Médico, Ambientalista e Vereador (PV/SP)
Referências:
Do tamanho da Irlanda: China cria uma nova floresta com 6,6 milhões de hectares
Brasil precisa aprender com a China a recuperar florestas