Metodista recebe pré conferência P+L e Mudanças Climáticas

O vereador Gilberto Natalini (PV) realizou mais uma pré conferência P+L e Mudanças Climáticas, na última 4ª feira (17), dessa vez na Universidade Metodista, para alunos de Engenharia Ambiental. O evento fez parte do Seminário da Escola de Engenharias e TI da Metodista 2018.


Há 17 anos acontece em São Paulo a Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, que tem como objetivos intermediar o diálogo entre cidadãos, instituições, iniciativa privada e governo, para aprofundar a discussão sobre os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social e propor políticas públicas e legislações de caráter mais objetivo e resolutivo. Esse evento é fruto da lei de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), que é o proponente e presidente da Conferência. Esse ano o tema será Direitos da Natureza e contará com a palestra da Sra. Marcia Mercedes Sanchez, representante da ONU como coordenadora da plataforma “Harmony of Nature”. 

Por ser ampla, a legislação ambiental brasileira acaba se tornando confusa. Uma solução estaria em conceder personalidade jurídica à natureza, reconhecendo-a como titular de direitos intrínsecos e extrínsecos.

“A natureza não pode ser uma propriedade a serviço do homem e seu consumo voraz de recursos sem qualquer planejamento”, protestou o médico e vereador Gilberto Natalini (PV), ao falar no Seminário da Escola de Engenharias e TI da Metodista.
O vereador e militante ambiental advertiu que principalmente o Brasil precisa buscar modelo de desenvolvimento sustentável, pois já tem mais de 80% da população concentrada em centros urbanos, contra 60% no mundo. O grave é que as aglomerações urbanas brasileiras se formaram à custa da destruição do meio ambiente.
“E continuamos devastando. Como médico, vejo que a degradação da saúde é consequência direta da degradação ambiental”, falou Natalini, ex-secretário da Saúde em Diadema e ex secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, e idealizador da Conferência Produção + Limpa em 2001. Em 2005 foi agregado ao evento o tema Mudanças Climáticas, tal o crescimento de fenômenos como desertificação, perda de biodiversidades, queimadas e interrupção de ciclos naturais como os rios voadores – cursos de água atmosféricos formados por massas de ar carregadas de vapor de água e nuvens, levando chuvas a outras regiões por meio de ventos.
Suprimentos até setembro
Reforçando que a natureza é finita mas que a população aumentou para 7 bilhões hoje e previsão de 9 bilhões em 2.030, o vereador foi enfático ao dizer que está se esgotando a capacidade de o planeta suprir a evolução do consumo de bens e dos desperdícios humanos. Mostrou que, numa relação de equilíbrio a cada ano, o suprimento de recursos naturais à humanidade atualmente só daria até setembro. 
“A natureza por milênios forneceu água, energia elétrica e matérias-primas. Agora só recebe em troca esgoto, poluição e resíduos. Todos os 500 córregos da cidade de São Paulo são poluídos e Ribeirão Preto está contaminando o respiro do aquífero Guarani”, advertiu ele sobre o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta, que abrange cerca de 1,2 milhão de quilômetros e abastece Uruguai, Argentina, Paraguai e principalmente Brasil.
A Universidade Metodista de São Paulo sediou este ano uma das pré-conferências do evento Produção + Limpa e Mudanças Climáticas. As pré-conferências são realizadas em instituições de ensino, igrejas, associações de classe a sociedades de bairro para aquecer as discussões com públicos diversos em torno do evento, que no dia 4 ocorrerá na Câmara Municipal de São Paulo a partir das 8h30. O evento é gratuito e será fornecido certificado de participação. 
Gilberto Natalini esteve na Metodista a convite do Centro de Sustentabilidade e do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária. Foi recebido pelas professoras Tassiane Pinato, Márcia Sartori, Meire Pauleto e Ana Rúbio. 

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