O Clima esquenta!

O Observatório do Clima apresentou os dados de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no Brasil.


Os dados brasileiros são suportáveis: houve uma queda de 2,3% nas emissões de GEE em 2017, em comparação com o ano anterior. E a queda não foi maior, pelo aumento de 11 % no desmatamento do Cerrado. Isso nos dá um fôlego, porem é preciso implementar todas as medidas necessárias para frear as emissões de gases de efeito estufa no Brasil.
Os dados apresentados reforçam que é necessário conter os desmatamentos, combater as queimadas e avançar na implantação das energias renováveis e agricultura de baixo carbono.
Uma boa notícia é que o Brasil já produz o equivalente a uma Itaipu no modal energia eólica.
Mas temos muito que avançar. Principalmente no controle das emissões do setor agropecuário que hoje representa 70% das emissões brasileiras, considerando as emissões diretas produzidas pelos rebanhos e o desmatamento causado pelo setor.
Já a situação das emissões no Planeta é catastrófica. No ano passado atingimos a assustadora concentração de 405,5 partes de CO2 por milhão (ppm), na atmosfera.
O avanço das emissões segue em ritmo acelerado, e há quem diga que estamos próximos do limite irreversível.
Os resultados estão à vista: o devastador incêndio na Califórnia, as enxurradas destruidoras na Itália e em muitos outros países, a desertificação de várias partes do Planeta, especialmente na África, dentre outras consequências.
E o mais horroroso é ver líderes como Trump, que se negam a fazer algo, numa franca defesa da indústria do Petróleo.
No Brasil, o governo eleito também vem com essa conversa de desembarcar da pauta do século XXI.
Cabe a todos nós manter o país no caminho correto.

Gilberto Natalini
Ambientalista, Médico e Vereador (PV/SP)

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