O dia 5 de Junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Qual deve ser o nosso estado de espírito? De celebração ou de lamentação?
Pelo senso comum, acho que devemos lamentar:
– A destruição acelerada dos recursos materiais do Planeta.
– A derrubada insistente das florestas.
– O ataque à biodiversidade e a extinção de milhares de espécies.
– As emissões de gases de efeito estufa, com o aquecimento global e os fenômenos climáticos extremos: cheias violentas, secas prolongadas.
– O envenenamento do mar e do solo com o nosso lixo.
– A severa poluição do ar e da água.
– O abandono da área ambiental na cidade de São Paulo.
Motivos não faltam para lamentações, mas podemos celebrar, sim:
– O número, ainda pequeno, mas cada vez maior de pessoas preocupadas e ativas com a necessidade de salvar o Planeta.
– As conquistas científicas e tecnológicas que ajudam a proteger a natureza e a vida.
– O número ainda insuficiente, mas cada vez maior, de países e empresas que se movimentam para mitigar os danos.
Assim, temos ao mesmo tempo esse sentimento de tristeza e de esperança sobre a relação entre a humanidade e o Planeta, “nossa casa comum”.
Na cidade de São Paulo e no Brasil, não vivemos um bom momento ambiental. Mas tudo isso nos renova a energia (limpa) de trabalhar, batalhar, propor e conquistar um equilíbrio maior entre produzir e preservar, progredir e proteger, viver e conviver com a paz, a natureza e os nossos semelhantes.
A nós humanos, só nos restam dois caminhos: preservar e preservar. O terceiro caminho é a devastação, a autodestruição.
Gilberto Natalini
Ambientalista, Médico e Vereador (PV/SP)