Estamos no mês de outubro, um mês dedicado especialmente à causa das mulheres, o chamado #OutubroRosa. É uma campanha conhecida e realizada em todo o mundo, para conscientizar a população, compartilhando informações de interesse público para prevenir doenças como câncer de mama e câncer do colo de útero.
O crescimento desregrado de células com potencial invasivo, que se cria a partir de alterações genéticas (hereditárias ou adquiridas ao longo do tempo) é o que origina o câncer de mama. O tempo de evolução é muito variado, sendo de pessoa para pessoa.
Depois do câncer de pele, é o mais comum entre os outros tipos de câncer. Segundo o Ministério da Saúde, a doença acomete 28% dos casos novos de câncer em mulheres. Também pode acontecer em homens, porém sendo mais raro, representando menos de 1% do total. Dificilmente acontece antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce gradualmente, principalmente após os 50 anos.
Como é uma anomalia comum, sua incidência é grande tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros não. A maioria dos casos têm bons resultados. Ainda de acordo com o Ministério, para o ano de 2018, foram estimados 59700 novos casos de câncer de mama apenas no Brasil.
O diagnóstico se dá pelo famoso autoexame, em que as mulheres sentem nódulos nos seios, geralmente indolor, duro e irregular. Também existem tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais da doença são: edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor; inversão do mamilo; hiperemia; descamação ou ulceração do mamilo ou secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.
É imprescindível a ida frequente a(o) ginecologista, especializada(o) nesta área feminina, como forma de prevenir, realizando exames e tirando todas as dúvidas necessárias e, também, se for constatado o diagnóstico da doença, fazer o tratamento correto e com maior brevidade possível.
A prevenção não é algo em forma de receita, que se você seguir estará totalmente protegido, mas ajuda muito para a proteção contra o tumor. É importante então se alimentar de forma saudável, realizando regularmente atividades físicas e diminuindo o consumo de bebidas alcoólicas, reduzindo assim em até 28% o risco de desenvolvimento da doença.
Para o tratamento, a rede pública de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde), oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia e tratamento com anticorpos.
Além de todo esse respaldo médico e físico, é essencial a acolhida e o apoio de familiares e amigos. Previna-se, se cuide.
Gilberto Natalini- Médico e Vereador (PV-SP)