O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) rejeitou nesta segunda-feira (30) o pedido de abertura do processo de tombamento do Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, onde está localizado o ginásio do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo.
Em setembro desse ano, o vereador Gilberto Natalini encaminhou ofício ao Presidente do Condephaat, Carlos Augusto Faggin e ao Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, cobrando informações a respeito do andamento do processo de tombamento do Complexo Esportivo do Ibirapuera e providências urgentes para que o tombamento acontecesse, uma vez que isso demonstraria o expresso reconhecimento no âmbito da preservação deste importante patrimônio arquitetônico de valor histórico e esportivo. Infelizmente não houve nenhum retorno.
Sem o tombamento, fica liberada a derrubada de estruturas do complexo. O Governo do Estado pretende conceder a área à iniciativa privada, mas é importante frisar que o terreno é do município de São Paulo. A concessão prevê a demolição de todos os equipamentos esportivos (piscina, estádio de atletismo/ velódromo, ginásio de judô), com exceção do Ginásio, que será transformado em um Shopping Center.
O edital de concessão está em fase de preparação pela atual gestão do Governo do Estado de SP, que promete para dezembro deste ano a publicação do documento.
Caso o tombamento fosse autorizado pelo Condephaat, a derrubada dos prédios seria proibida e a concessão do espaço perderia valor e interesse dos empresários interessados em explorar a área, que está localizada em uma das regiões mais ricas e valorizadas da cidade de São Paulo, segundo as entidades da sociedade civil que defendem a preservação do patrimônio.
“Trata-se de um equipamento que é uma contribuição histórica e arquitetônica para São Paulo, com importantes serviços esportivos prestados à população. Esse patrimônio da cidade não pode vir abaixo e no local ser instalado um Shopping Center. Não tem cabimento.”, disse Natalini.