Vai findando o ano de 2020. Mas diferente de todos os outros anos, desta vez temos uma companhia muito onipresente e indesejável: o coronavírus.
Ele andou ao nosso lado e invadiu muitos corpos durante todo esse ano. E por ousadia, levou milhões de vidas humanas.
Longe de despedir-se, o coronavírus insiste em se infiltrar entre as multidões, passar de um para o outro, viajar por todo o Planeta.
Esse coronavírus é um ser capcioso, perigoso e cruel. Tem feito muita gente sofrer. Mas as pessoas também tem dado oportunidades e facilitações para o vírus agir, se expandir, se transmitir e causar estragos terríveis.
Vários humanos, muitos com altos cargos e lideranças, tomaram uma atitude de enfrentar o coronavírus pela negação, pelo pouco caso, pelo desleixo, pela irresponsabilidade. E seus exemplos são seguidos por multidões.
Como ainda não temos armas eficazes, remédios e vacinas, restou-nos o isolamento social e a higiene pessoal. E isso impactou em cheio a vida das pessoas, seu trabalho, sua renda, seu convívio.
A ciência e a medicina nos dizem uma coisa, mas o discurso negacionista, turbinado pela necessidade da sobrevivência, ou mesmo por uma vontade de desafiar a doença, tem feito parte da humanidade a transgredir as regras sanitárias.
Esse é o caldo de cultura ideal para o “corona”. Mas o Natal se aproxima e o Ano Novo também.
E talvez, como um presente para os humanos, a vacina surge de vários lados e está prestes a ser aplicada às multidões.
Eu torço para que esse presente-vacina cumpra seu papel e nos livre desse visitante indesejado.
Gilberto Natalini
Médico, Ambientalista e Vereador