São Paulo, a maior cidade do Brasil e a quinta maior do mundo, tem uma tarefa urgente e necessária. Caminhar para ser sustentável.
Não é possível esperar mais, nem acontecer retrocessos que presenciamos com frequência. A cidade que possui quase 13 milhões de habitantes, completa 469 anos no próximo dia 25 de janeiro.
Tem pujança econômica e uma grande diversidade étnica, econômica e cultural. É uma metrópole de fato!
Mas o histórico de desenvolvimento urbano da cidade, desplanejado e predatório, produziu distorções que hoje trazem grandes problemas sociais, econômicos e ambientais. É preciso, a partir desse diagnóstico, avançar nas correções práticas necessárias.
Em nossos livros “Por Uma São Paulo Mais Sustentáveis” e “Mudanças Climáticas: do global ao local”, procuramos fazer um amplo diagnóstico da cidade e apresentar propostas de políticas públicas, paulatinas e progressivas para melhorar a vida na “Pauliceia”. São necessárias medidas corajosas, que rompam paradigmas antigos e superados.
Medidas como a permeabilidade do solo, a mudança da matriz energética, o uso racional da água, o uso de combustíveis renováveis, a ordenação do solo urbano, o manejo e destino correto do lixo, a preservação e aumento da cobertura verde, o hábito da atividade física e da mobilidade ativa, são algumas tarefas urgentes para colocar São Paulo no caminho da sustentabilidade.
Tudo isso tem sido relegado nos últimos anos, e muitas vezes sofrido retrocesso, o que impede a entrada plena da cidade no século XXI.
Isso é tarefa do governo local, aliado aos outros governos, mas também a obrigação da sociedade civil organizada e do cidadão individualmente.
O avanço dessa pauta será o melhor presente que podemos dar para São Paulo no seu aniversário: a busca da sustentabilidade.
Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista
