UCRÂNIA: 1 ANO DE INVASÃO E CRUELDADE

As pessoas sensatas e humanistas não se conformam que nesse século XXI, os povos ainda se enfrentem em guerras, terrorismo, invasões, dominações e outras manifestações de barbárie. Temos uma sociedade humana e um Planeta doentes, esse último, vítima da primeira.

O mundo aquece perigosamente, em razão das emissões de gases de efeito estufa procedentes da queima dos combustíveis fósseis que promovem o  “progresso” humano.

Os resultados são os fenômenos climáticos extremos, cada vez mais, visíveis e sentidos, que já são uma emergência climática.

Por outro lado, o desenvolvimento econômico insustentável, além de ir destruindo “nossa casa comum” (Papa Francisco), ou “nossa única casa” (Dalai Lama), também promove uma colossal desigualdade social, jogando mais da metade dos 8 bilhões de seres humanos na pobreza, na pobreza extrema, na miséria.

Hoje, os 26 sujeitos mais ricos do Planeta, detém a riqueza de 4 bilhões de pessoas. O Planeta tem febre, pelo aquecimento global e pelo sofrimento social. Diante desse quadro, tudo que não queremos e não precisamos são de conflitos e guerras.

Pois bem! Eis que em meio a essa panela fervente, surge o Putin, um líder, um caudilho autocrático, um anexador expansionista, uma mistura de czar, Hitler e Stalin, que decide jogar a nação Russa na aventura de invadir e anexar na força da guerra seu vizinho, a Ucrânia.

Seu argumento mais repetido é que o vizinho flertou com a OTAN e ameaçou a soberania russa. Mas, embutido nessa guerra cruel de invasão e lesa humanidade, com ataques à população civil, Putin e seus comandados tem como objetivo reanexar a Ucrânia à Rússia, assim como outros países vizinhos.

É a reedição de um império Russo que já existiu no czarismo e no stalinismo, e que Putin, um coronel egresso da terrível KGB, tenta recriar.

Quis o destino e o heroísmo do povo ucraniano, que Putin, ao invés de um passeio de tanques até Kiev, encontrasse uma resistência colossal de homens e mulheres que impedem os propósitos do autocrata Russo. Ele ainda ameaça com o uso aloucado das armas nucleares.

Sentimos dor pelo sofrimento dos ucranianos. Sentimos revolta pela atitude “aloprada” de Putin.

O mundo, em sua maioria, condena essa invasão. E nesse aniversário de um episódio macabro, os humanos que ainda tem juízo pedem o fim dessa guerra, que Moscou retorne a Moscou e que as divergências e conflitos voltem para onde nunca deviam ter saído: a mesa diplomática de negociação.

Paz na Ucrânia!

Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

 

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