Gilberto Natalini SP

O aquecimento global e as mudanças climáticas são uma realidade presente, que afeta a saúde individual e coletiva de todos, causando adoecimento, agravamento de doenças e mortes.

Os impactos na saúde envolvem os desastres naturais, as doenças relacionadas ao calor, as doenças infecciosas, a poluição e a qualidade do ar, a poluição dos oceanos pelos microplásticos, a poluição ambiental por resíduos sólidos, a segurança alimentar, a qualidade e escassez da água e a saúde mental.

Cabe aos médicos e aos serviços de saúde, no fim das contas, atender e se encarregar das vítimas e das pessoas afetadas na forma de doenças causadas pelas emergências climáticas e pela degradação ambiental.

Os médicos têm credibilidade, legitimidade e autoridade para falar sobre as consequências das alterações ambientais e climáticas sobre a saúde, esclarecendo as pessoas, esclarecendo a opinião pública, esclarecendo os agentes de saúde e propondo políticas de saúde públicas e privadas.

Além do mais, o setor saúde, por si só, é um grande emissor de gases de efeito estufa, um grande consumidor de energia e produtor de lixo e como tal contribui para o aquecimento global.

É um imperativo ético os médicos se envolverem na luta contra o aquecimento global, seja individualmente na sua prática clinica e profissional, seja nos hospitais e serviços médicos em que trabalham, seja coletivamente através das entidades representativas da classe médica e suas especialidades.

Conclamamos a todos os médicos, às entidades de classe, às sociedades de especialidades médicas, aos representantes de hospitais públicos e privados e aos demais representantes do setor da saúde a participação nessa batalha.

Vamos juntos cumprir nossa missão e nosso papel na preservação do meio ambiente, na luta contra as alterações climáticas e na preservação e prevenção da saúde individual e coletiva.