Temos notícia do aumento dos casos de coqueluche na Cidade de São Paulo, no Estado, no País e no Mundo. Essa é uma péssima notícia!
A coqueluche ou “tosse comprida”, é uma doença das vias aéreas superiores que se inicia na orofaringe e progride para a intimidade dos pulmões, principalmente das crianças.
É causada pelo bacilo de Pertussis, e além do grande incomodo da doença principalmente pela tosse intensa e cavernosa muito incomoda, pode matar.
Os casos de coqueluche chegaram quase a zero graças à vacina, que existe há mais de 50 anos e foi incluída nos esquemas de vacinação como rotina, DTP indicada para crianças entre 2 meses e 7 anos.
Já faz algum tempo, surgiu no mundo uma corrente de opinião que nega a eficiência das vacinas. São os negacionistas da ciência e da vida.
Aqui no Brasil, esse nefasto negacionismo aliado a uma negligência, desleixo mesmo, dos órgãos federais responsáveis pela saúde, que de um tempo pra cá, fizeram despencar os índices de vacinação de um tempo pra cá.
Nosso país, que ostentava orgulhosamente o título de melhor sistema de vacinação do mundo, caiu na escala, e vai ter que melhorar muito para recuperá-lo.
Para isso é preciso ter vacinas à disposição, logística de distribuição, rearranjar a mobilização dos entes federativos (Federal, Estaduais e Municipais) e atingir a consciência popular, mobilizando as pessoas para se vacinar.
Isso é urgente!
A coqueluche, quase extinta, voltou, assim como o sarampo. A COVID e a gripe continuam matando. Nosso medo é que possam voltar outras, como a poliomielite.
Para debelar o surto da coqueluche, assim como de outras doenças preveníveis com uma simples vacina, é preciso um empenho dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, disponibilizando e ampliando as vacinas, junto à comunidade da saúde, aos médicos, à sociedade e às famílias, para voltarmos aos índices de vacinação que nos tornaram referência no Planeta.
Será muito trabalho, mas salvará vidas humanas.
Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista