A fantástica força e importância de uma perereca de 1,5 cm para a cidade de São Paulo e seus 12 milhões de habitantes!

Perereca assoviadora : Denominada cientificamente como Eleutherodactylus johnstonei, esta pequeníssima (17-30mm), espécie de sapo é um exemplo da magnífica e extraordinária força da natureza e destaca-se hoje no noticiário por dois motivos: – Pelo transtorno sonoro (50 decibéis) que produz,(só machos), aos milhares reunidos, emitem ao ‘chamar’ sua companheira para o acasalamento  e pelo primeiro registro descrito oficialmente no Brasil, SP Brooklin, fevereiro de 2012, como espécie invasora (não nativa; exótica; fora de seu habitat natural).

perereca

 
Os dois fatos se revestem de grande importância e preocupação. Primeiro por representar a fragilidade do ambiente ao “permitir”, pela irresponsabilidade e ignorância humana, a introdução de uma espécie exótica invasora, num ambiente em desequilíbrio cuja complexidade acaba por determinar uma “nova praga”, causadora de danos(perturbação), de difícil e oneroso controle. Segundo por poder representar o início de um grande e complexo impacto ambiental e social de proporções imprevisíveis (mesmo que não determine doença, por enquanto!). Basta citar que em circunstâncias similares, as autoridades do Hawaí (O’ahu-2001-2009), persistiram por 8 anos até conseguir reduzir o número da população de espécie semelhante, causadora do mesmo transtorno e perturbação sonora.
No Brasil são registradas mais de 11.000 ocorrências e de 380 espécies consideradas oficialmente invasoras, com prejuízos estimados em até US$49 bilhões por ano, em 73% dos casos por motivos econômicos e voluntários.
A tartaruguinha tigre d’água-americano(Trachemys scripta elegans); a rã africana(Xenopus laevis); o peixe Beta(Betta splendens); a rã touro gigante (Rana catesbeiana); o esquilo da mongólia-Gerbil (Meriones unguilatus) o javali europeu(Sus scrofa scrofa); a capivara(Hidrochoerus hidrochaeris); o caramujo africano (Achatina fulica); o pombo (Columba livia); o parda(Passer domesticus); o camundongo (Mus musculus); o Black bass (Micropterus salmoides); tilápia (Tilapia rendali) e o pernilongo da Dengue (Aedes aegypty), são nossos conhecidos principalmente quando “fora de seu habitat”, onde causam graves transtornos, prejuízos, danos e principalmente transmitem doenças entre humanos, outras espécies como predadores competitivos e principalmente ao ambiente inadequado.
Os hábitos de aquisição, posse e manejo inadequado de espécies “da moda” de animais Pets, representa um dos grandes fatores determinantes deste problema.
O poder público deve promover a monitoração e o controle sistemático sobre este complexo problema, onde alguns interesses específicos e de poucos, acidental ou intencionalmente, causam a milhares de indivíduos de várias espécies e especialmente humanos e por longos períodos (vide pombos, capivaras, camundongos e caramujos).
No município de São Paulo, a  Secretaria Municipal do Verde e do Ambiente, através do Departamento de Parques e Áreas Verdes-DEPAVE 3, responde pelo controle da fauna silvestre por todo o município. Contando com técnicos Biólogos e Médicos Veterinários, atua com limitações de pessoal, instalações e equipamentos para executar tão importante e complexa missão.
O Gabinete do Vereador Gilberto Natalini vem apoiando  o DEPAVE 3 em sua  estratégica missão de promover a sanidade e monitoramento da fauna silvestre urbana e controlar o desequilíbrio ambiental em benefício da saúde pública e ambiental.
The Nature Conservancy-TNC; o Instituto Hòrus, o IBAMA-CGFAU e a RENCTAS- rede nacional de combate ao tráfico de animais silvestres, lideram um movimento para esclarecimento e informação sobre o tema: www.institutohorus.org.br/pets

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