Gilberto Natalini SP

A propósito da Reunião do G7, que foi honrada com a presença da nossa Presidente Dilma, veio à tona o acordo comercial que Brasil e Bélgica tentam implantar, numa forma de expansão das vendas do País ao grande país europeu, não em nome do Brasil, mas sim do Mercosul.
Vale dizer: se houver veto a este acordo comercial por parte de algum país membro (Venezuela ou Argentina por exemplo), não sairá acordo algum. Esse, aliás, é o grande obstáculo que nosso Comércio Exterior tem enfrentado nos últimos anos de Governo Petista. Somos como irmãos siameses do Mercosul. Eis aí porque Chile, Perú e Colombia que não adotaram o sistema siamês, puderam fazer seus próprios acordos bilaterais e estão em alta da economia, muito diferente de nós outros.
Porque então PASADENA entra nesse quadro? Na verdade não entra em jogo nenhum, mas vale lembrar que a refinaria texana, adquirida em 2006 pela Petrobras pertencia a uma empresa belga e a operação levantou sérias suspeitas de super hiper faturamento e evasão de divisas.
A grande repercussão dessa aquisição, no entanto, deu-se pelo aval à aprovação da compra da refinaria dado pela então Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, por acaso também então Ministra da Casa Civil e atual Presidente da República, compra essa que redundou num prejuízo inestimável aos cofres públicos, especificamente aos acionistas da Petrobras do qual somos acionistas majoritários.
Toda a refinaria – tipo porteira fechada – foi adquirida pela ASTRA OIL, empresa belga por – pasmem – apenas 42,5 milhões de US$ e ao vende-la para nós outros , recebeu nada menos e nada mais do que 1,18 milhões de US$ pela venda, ou seja: 27 vezes o que a ASTRA teve que desembolsar. Lindo não é? Alguém será punido? Pizzas?
Fôssemos um país sério –definição sistêmica de Charles De Gaulle quando visitou o Brasil –, bem que se poderia, na oportunidade oferecida pelo G7, incluir nesse acordo uma auditoria na negociação da empresa Belga com a Petrobras, donde seria possível esclarecer a forte suspeita dessa desastrada operação.
Não se tem notícia da mídia de que tenha havido tal proposta no acordo bilateral e também na CPI, quanto na apuração da PF ou MPF ou ainda o “Lava Jato”, no tocante a uma plena investigação na empresa vendedora (ASTRA OIL), até porque ´- se comprovado – tal fato passa a ser de interesse da nação brasileira, pela apuração da verdade.
Será que uma apuração – mesmo que internacional – tão à mão para auditar-se, resolvível apenas com uma informação da ASTRA OIL, chegara a ser feita?

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