O Banco Central tem por função principal o controle da moeda e, por conseguinte, fica de olho firme nas rédeas da inflação. Mas na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) os Diretores do BC resolveram depender da providência em vez de atacar a inflação que sabemos, corre solta. Mesmo assim, “vão acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião para então definir os próximos passos.” Isso quer dizer, claramente, que estamos ao Deus dará, sem medidas austeras de controle da moeda e da inflação.
Ora, se o Banco Central acompanha os fatos mas a pressão inflacionária está a pleno vapor, nos mostra que esse acompanhamento não está condizente. Considerando que a intervenção governamental nos preços administrados tem efeito apenas e tão somente no mês de implantação e se a pressão inflacionária, advindo de outros fatores não for contida, somente uma providência divina não estourará o limite superior da banda fixada.
Se não houver a tão esperada austeridade fiscal, se não eliminarmos a maquiagem dos dados das contas federais apontadas por toda a corrente de economistas, se não forem retomados os investimentos de base, mesmo com eletricidade mais baixa, que poderá ser sustentável ou não, dificilmente teremos sucesso e desenvolvimento neste 2.013.
A safra atual, recorde de grãos, como se vê está sendo transportada basicamente por caminhões, já que sabidamente não temos capacidade de controlar o desperdício na construção de estradas de ferro federais.
Estradas péssimas, com transporte substancialmente com custos altos, quer no combustível e peças e custos gerais, por graças única ao estado das estradas federais, com os portos saturados, estão a nos mostrar que está aí um dos acompanhamentos da evolução do cenário e mostra-nos claramente que alguma medida de ação efetiva precisa ser tomada, caso contrário, segure-se inflação e a estabilidade econômica.