O Brasil completa 30 anos de luta contra HIV/AIDS, sendo referência mundial ao tratamento da doença. De acordo com o Boletim Epidemiológico de 2018, a taxa de detecção de AIDS era de 21,7 casos em 2012 por cada 100 mil habitantes e em 2017, o número caiu para 18,3. Também houve queda de 16,5% na taxa de mortalidade pela doença entre 2014 e 2017.
Este quadro se deve, principalmente, ao fato de o Brasil ter sido um dos primeiros países a incorporar a medicação correta para o tratamento, desde que foram descobertos os chamados medicamentos antirretrovirais, em 1995.
A chamada terapia antiviral, com todo o seu sucesso em tratar da doença, um ano após a sua divulgação já estava disponível no SUS, tanto pela sua potência, como pela acessibilidade.
A AIDS ainda não tem cura, mas o tratamento disponibilizado pelo SUS ajuda a diminuir a carga viral do HIV. Este material genético do HIV chega a ficar tão escasso no sangue, que algumas pessoas chegam a não transmitir mais a doença. Ou seja, tratar o soropositivo também é uma forma de prevenir que a AIDS se espalhe.
Neste sentido, as declarações da nova gestão federal, indicando que o SUS não precisa se responsabilizar pelo tratamento da AIDS, tratando de forma pejorativa o doente, se torna algo muito preocupante.
Nosso mandato tem trabalhado nesse sentido. Sou coautor do Projeto de Lei 602/2015- Lei Municipal 16.385/2016, que dispõe sobre a realização anual de atividades direcionadas ao enfrentamento do HIV/ AIDS durante o mês de dezembro.
A inclusão das pessoas com a doença na sociedade e o seu tratamento digno é obrigação dos governantes. Sempre em defesa de uma saúde de qualidade para todos os cidadãos!
Gilberto Natalini- Médico e Vereador (PV/SP)