Um estudo divulgado na terça feira (3), realizado pelo Amap (Projeto de Monitoramento e Avaliação do Ártico), em Oslo, aponta que o aquecimento do Ártico está ocorrendo duas vezes mais rápido que a média global. O que deverá elevar o nível do oceano em 1,6 metro até 2100. O derretimento do gelo tem sido responsável por 40% do recente aumento do nível do oceano e deve causar impacto ainda maior no futuro.
Destaca-se no artigo: " O nível global dos oceanos tem previsão de aumento entre 0,9 metro e 1,6 metro até 2100. O derretimento das geleiras do Ártico e das calotas de gelo da Groelândia darão uma contribuição substancial para isto." O que contraria o que fora divulgado em 2007 pelo IPCC (painel do clima da ONU), que previu que os oceanos se elevariam entre 18 e 59 centímetros até o fim do século.
Acontece que o estudo divulgado em 2007 pelo IPCC não levou em consideração o potencial do impacto de derretimento da Groelândia que, sozinha, contém água congelada suficiente para elevar o nível do oceano em, no mínimo, cinco metros.
Mesmo tratando-se de um evento relativamente lento, ele deve trazer consequências devastadoras para as cidades costeiras, principalmente as densamente povoadas e de localização mais baixa, como algumas regiões de Bangladesh, Vietnã e China.
Mais uma vez a ciência nos mostra que o perigo do aquecimento global ainda se mostra presente nas nossas vidas. O derretimento das geleiras do ártico é um fato extremamente grave e que a longo prazo poderá ser responsável por acontecimentos drásticos para as polpulações costeiras em várias partes do mundo. Temos que frear o aquecimento global e minimizar suas consequências.