Câmara recebe Pré Congresso Municipal sobre Envelhecimento Ativo, por iniciativa do vereador Natalini

Nesta sexta-feira (11/9), foi realizado na Câmara Municipal de São Paulo o Pré Congresso Municipal sobre Envelhecimento Ativo – Cidade Amiga dos Idosos, que contou com a presença de inúmeros profissionais e representantes da sociedade civil. O evento faz parte da programação do V Congresso Municipal Envelhecimento Ativo, idealizado e presidido pelo vereador Gilberto Natalini, que conta com a parceria de mais de 40 entidades da área do Envelhecimento.

A coordenação do Pré Congresso ficou sob responsabilidade de Luciana Feldman (assessora de Natalini), Vera Caovilla, Carmen Ponce, Leila Castro e Joelita Bez.

As duas primeiras mesas de debates focaram no tema da Saúde, em especial, idosos com demência e envelhecimento saudável. Carmen Ponce​, membro do GAIA (Grupo de Apoio Interdisciplinar em Alzheimer) e da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer), fez uma apresentação sobre as “Estratégias e ações implementadas na cidade de São Paulo para o idoso com demência”.

De acordo com Ponce, a demência é um termo muito abrangente, mas, no geral, descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais. Ponce apresentou uma pesquisa que fez sobre a rede socioassistencial existente no município, espaços públicos que, além de amparar o idoso, também fortaleça o envelhecimento ativo.

Segundo a profissional, há inúmeros equipamentos disponíveis, como NCI (Núcleos de Convivência do Idoso), CRECI (Centro de Referência da Cidadania do Idoso), CDI ( Centro Dia do Idoso), entre outros. No entanto, não há um trabalho específico para o idoso com demência.

Envelhecimento Saudável
Também presente, a coordenadora do programa de Educação em Demência e Assistência ao Cuidador da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Ceres Ferretti​, abordou questões sobre até que ponto a perda de memória pode ser um sinal sugestivo de que algo não anda bem em relação à saúde.

De acordo com Ferretti​, o esquecimento não é normal em nenhum momento da vida. O que pode acontecer é uma lentificação de raciocínios mais complexos. Inúmeros fatores devem ser considerados nesse processo de esquecimento, por exemplo, o uso de medicamentos para dormir ou para controlar a ansiedade, mas a profissional recomenda que é preciso ficar atento quando o esquecimento é progressivo, se interfere nas atividades diárias e no gerenciamento da própria vida.

A profissional também defende que a população seja incentivada a se envolver com o processo de envelhecimento. “Sermos multiplicadores de informação é desconstruir estereótipos que envolvem os idosos, de que se sentem inúteis, incapazes de viver em plenitude esses anos dourados”, argumentou Ferretti.

Para incentivar o envelhecimento saudável, ela também recomenda cuidados com a saúde, inserção dos idosos em programas elaborados por eles e para eles, estímulo à inserção social, além do fortalecimento das relações familiares.

A primeira mesa foi mediada por Vera Caovilla, fundadora da ABRAZ e também contou com a presença da voluntária da ABRAz, Fabiana Satiro. Outras mesas de debate foram dedicadas aos temas Proteção e Participação.

Fonte: Portal da CMSP

 

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