Gilberto Natalini SP

LIVRES DA POLARIZAÇÃO: agora é a hora.

O Brasil, por uma falha profunda de sua Democracia, afundou num mar de corrupção, de criminalidade, de recordes de desigualdade social, de desesperança popular. Isso ocasionou o surgimento de ideias e personagens que polarizaram o país de forma doentia. De um lado uma chamada “direita radical”, que flerta com a ditadura, que prega um moralismo e não pratica, que despreza o bem-estar social, a ciência, a verdade e corteja a barbárie. Seu ícone é Bolsonaro. De outro lado uma “esquerda deturpada”, que vive do discurso fácil, demagógico, fisiológico e banal, que também flerta com as autocracias do mundo, que pratica uma política social quase esmolar, que corrompe as instituições e as pessoas com dinheiro e cargos. Essa turma é liderada pelo Lula/PT. Os dois polos têm em comum a subserviência absoluta a um sistema financeiro que suga quase 50% de todo o orçamento público do Brasil, todo ano. Esses “polos ideológicos” se auto sustentam mutuamente, dividindo o país numa falsa polarização tóxica e nefasta, e não contribuem para resolver os reais e profundos problemas brasileiros. São duas faces de uma mesma moeda do sistema político e econômico que inferniza nossa democracia há décadas. Hoje vemos a maioria do nosso povo caindo na consciência realista de que essa polarização precisa ser rompida, com a construção de um caminho político dentro dos marcos democráticos, onde se busque o bom senso, a verdade, e a coragem. Uma via democrática e ética que coloque o Brasil no rumo certo. Bolsonaro e seu governo de barbárie está no banco dos réus, próximo da prisão. Lula, o PT e seus aliados estão nas cordas, com seu governo de populismo barato indo ladeira abaixo. Agora é a hora dos brasileiros se unirem para construir um programa político e um nome do centro democrático e ético, livre da polarização. Uma via que defenda a democracia, o desenvolvimento com preservação ambiental, equidade social e a moralidade pública. Somos capazes disso e a realidade nos desafia. Vamos à luta! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

DEIXEM A LEI CIDADE LIMPA EM PAZ

Dividimos as poluições na cidade, didaticamente, em 6: Poluição do ar, do solo, das águas, sonora, visual e climática. Em que pese todo o esforço que São Paulo tem feito para recuperar seu passivo ambiental e evitar novas degradações, a única poluição que sofreu um golpe mortal foi a visual. Os demais 5 passivos ambientais têm tido avanços, as vezes recuos no decorrer do tempo, embora o saldo seja positivo a favor do meio ambiente urbano. Não vou detalhar isso aqui. O divisor de águas do antes e depois na poluição visual foi a Lei 14.223 conhecida como Lei da Cidade Limpa, proposta e implementada pelo Prefeito Gilberto Kassab em 2007, com o apoio de todas as forças vivas da cidade. Quem não se lembra do cenário horrível dos outdoors em São Paulo, dos anúncios em luminosos exagerados, das placas de propaganda, faixas, cartazes e outros, que agrediam os olhos dos paulistanos afetando a saúde mental e a qualidade de vida? A lei veio para ficar e para dar um basta na poluição visual da Paulicéia. Essa foi uma grande iniciativa de política pública que deu certo por aqui. Pois bem! Agora, um “vereador iluminado”, descompromissado com a urbanidade, numa atitude sem noção e atabalhoada propôs o Projeto de Lei (PL) 239/23 que flexibiliza e fere de morte o cenário urbano com o desmonte da Lei da Cidade Limpa. O PL está tramitando na Câmara Municipal e, pasmem, já foi aprovado em primeira votação, com poucos votos contrários. Agora caminha para segunda e definitiva votação. Mário Covas dizia: “não há governo ruim para povo organizado”. Isso vale também para o parlamento paulistano. Portanto, está nas mãos das mesmas forças vivas, que efusivamente fizeram a Câmara aprovar a limpeza visual de São Paulo, mostrarem sua cara mobilizada e indignada para fazer os vereadores da cidade desistirem dessa aventura amalucada e nociva ao tentar poluir visualmente o ambiente urbano. Trata-se da mobilização social por uma causa ambiental, urbanística e de saúde pública. Trata-se do maior parlamento municipal do Brasil, se olhar no espelho e tomar rumo na vida. Trata-se de ganhar a luta entre o bom senso e o despautério. Portanto, repito: Deixem a Lei Cidade Limpa em paz! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista Valter Caldana- Arquiteto e Urbanista

AS ÁRVORES: mais que os cães, melhor amiga dos homens

Muito se diz que “os cães são os melhores amigos dos homens”. Nos dias de hoje isso ganhou uma proporção gigantesca, diante da solidão e do individualismo que invadiu nossas vidas. Os “pets” ganharam um protagonismo na existência dos humanos. Um enorme número de pessoas possuem “pets”, que são como parte da família, e esses seres ganharam um protagonismo peculiar na vida e no afeto das pessoas. Parece que a tendência disso é aumentar. Mas o mundo gira e a realidade se transforma. Os impactos dos fenômenos ambientais e climáticos sobre a humanidade são cada vez maiores e ameaçadores, haja vista a relação de espoliação predatória que temos com a mãe natureza, por tudo que destruímos e tiramos dela em termos de recursos naturais, e os resíduos e venenos que devolvemos, resultantes do nosso consumo, sob forma de lixo e gases de efeito estufa. Os fenômenos ambientais e climáticos resultantes da nossa relação doentia com o planeta avançam numa velocidade bem maior do que a capacidade de resiliência. Vemos isso todo dia. É aí que surgem esses seres majestosos, que existem por aqui muito antes de nós, e que foram vítimas durante milênios do nosso desprezo, de nossa destruição e exploração desenfreada. As árvores! Sim, nossas velhas conhecidas, as árvores! Depois de devastar trilhões desses majestosos seres, nós vamos caindo na real, que diante da ameaça concreta para a própria existência humana, a árvore vai se revelando o modo mais fácil, mais barato, mais tangível, mais necessário, para nos proteger dos fenômenos climáticos extremos. O Professor José Goldemberg disse que “as árvores são as melhores amigas dos humanos” nas circunstâncias atuais. A árvore certa, no lugar certo na hora certa! Esse é o meu lema e convido a ser o de todos. Uma árvore grande evapora 400 litros de vapor de água por dia (tão necessários para nossos pulmões); seu entorno absorve a água das chuvas torrenciais, infiltrando o lençol freático; sob sua sombra, a temperatura pode ser até 4ºC menos que o ambiente; as árvores abrigam pássaros e pequenos mamíferos, além de insetos, todos importantes na cadeia da biodiversidade; e as árvores dão vida à paisagens, com suas copas e suas flores, além é claro, das frutas. Assim, podemos reafirmar que plantar árvores, ainda é a forma mais fácil, mais barata, mais inteligente de diminuir a depredação da vida no Planeta. Plantemos!!! Plantemos muito!!! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

GUERRA: Um Ato Boçal

Alguém publicou que temos hoje 52 focos de conflitos armados no mundo. Guerras maiores ou menores pelo planeta afora. Se não for tanto deve chegar perto. A maioria das pessoas acompanha os mais noticiados e de maior impacto militar e econômico. Aquelas em países periféricos e localizados, mal saem nas notícias, embora existam e sejam cruéis. Assim vemos os órgãos de imprensa tomados pelas guerras na Rússia/Ucrânia, Israel/Gaza e agora Israel/Irã. As hostilidades do Azerbaijão contra a Armênia, do Paquistão/Índia e outros tantos na África já foram para a 2ª página. O fato concreto é que num mundo tomado por uma desigualdade social obscena, pela acumulação avassaladora de riquezas, pela insegurança alimentar (fome) e hídrica (secas prolongadas), pela ameaça da degradação ambiental e pelas mudanças climáticas, a resposta humana escapa para as guerras. Os conflitos bélicos são companheiros de viagem da história humana. Mas convenhamos!!! Em tempos de produção exuberante de riquezas, de avanços científicos e tecnológicos disruptivos, de globalização do saber, da economia e da política, falar e fazer guerra é a manifestação mais pura da insanidade humana. A guerra é um ato de loucura e burrice de poucos, que leva muitos ao desespero, à crueldade, ao sofrimento e à morte. Nada, mas nada mesmo, dentro de um raciocínio minimamente lógico e humanístico pode justificar as campanhas bélicas. A guerra, junto com a tortura e o terrorismo é um ato ignóbil que transporta o ser humano à sua condição mais torpe. A crueldade da Rússia contra a Ucrânia, o terrorismo do Hamas, o massacre de Israel em Gaza, as hostilidades do Paquistão e Índia, o conflito Israel/Irã, a covardia no Iêmen são exemplos da boçalidade das guerras, diante dos infinitos desafios que a humanidade tem pela sua sobrevivência e bem-estar. A indústria da guerra surfa nessa tragédia e enche seus bolsos com o dinheiro molhado do sangue das vítimas de suas armas. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

O GOLPE QUE MICOU

Muito está se falando sobre o golpe do Bolsonaro no Brasil. Golpe que não deu certo, e foi tentado pelo governo que cessou em dezembro/22. Bolsonaro é o reflexo da ditadura militar e do ambiente de violência do Rio de Janeiro. Ganhou a eleição em 2018, como uma escolha errônea e destemperada de parte dos brasileiros, diante da roubalheira praticada no mensalão e no “petrolão” durante os governos petistas. Em 2003, Lula/PT chegou ao poder no Brasil. Durante seus 3 governos foram se afundando em práticas e escândalos de corrupção, sendo os principais o mensalão e o mega esquema de ilícitos chamado de petrolão. O governo Bolsonaro 2018/2022, foi um desastre civilizatório, que fez o Brasil flertar com a barbárie na política e na vida do povo. Lula, que foi condenado e preso, voltou à cena, tendo sido “descondenado”, como alternativa de poder ao bolsonarismo. Com isso, criou-se uma polarização nefasta e tóxica entre o lulopetismo e o bolsonarismo, que persiste no país até hoje, embora venha perdendo força gradativamente. Em 2022, quando a polarização tornou-se dominante, o Brasil caminhava para a vitória de Lula. Então, Bolsonaro partiu para o tudo ou nada para não entregar o poder. Usou todos os meios de redes sociais, de articulações políticas, de ataques às urnas eletrônicas, e por fim, passou a articular um movimento golpista para não reconhecer o resultado das eleições. Seu plano era afirmar que as urnas foram fraudadas e por isso ele decretaria um estado de sítio, de exceção, de autoritarismo, e permaneceria no poder. Buscou apoio nas forças armadas para respaldar seu golpe. Mas os chefes militares, instados por forças internas e externas, negaram-lhe o apoio, e ele ficou só, com seu grupo, vendo seu plano de golpe “micar”. Lula tomou posse e Bolsonaro está respondendo por conspiração contra a democracia. Na verdade, o resultado dessa polarização bolsopetista tem feito o Brasil padecer, na perda de ética, de qualidade de vida, de esperança no país. É urgente construirmos o caminho para sair desse dualismo e partir para o bom senso do centro democrático despolarizado. Para isso trabalhamos. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

BRASIL: Não ao PL da Devastação!!!

Muito se tem dito que o desmatamento tem diminuído no Brasil. Isso é uma verdade. A derrubada de floresta teve uma queda de 40% nos últimos anos. Mas isso não permite, de forma nenhuma, que estejamos satisfeitos. O Brasil é a maior reserva florestal do mundo, embora tenha perdido grande parte de sua cobertura vegetal no decorrer do tempo, em todos os seus 6 biomas. Da Mata Atlântica, que já foi exuberante, restam míseros 14,5%, e continua ameaçada pelo desmatamento. Nosso cerrado já perdeu 50% de sua área verde, e avança a destruição de sua mata característica. O Pantanal, o maior bioma úmido do planeta, sofreu uma devastação demolidora nas últimas queimadas, grande parte delas provocadas pela mão humana, e potencializada pela estiagem cruel das mudanças climáticas. No Pampa e na Caatinga avança o processo de desertificação, promovido pela mão humana e pelos fenômenos climáticos. A Amazônia, nossa grande floresta, a maior do planeta, já perdeu 25% de sua cobertura verde, com a “construção do progresso do Brasil”. E embora tenha queda no desmatamento, nos últimos 2 anos, a floresta continua sendo derrubada todos os dias, em ritmo agressivo, seja pelo “desenvolvimento” da atividade agropecuária, muitas vezes ilegal, seja pela exploração de venda da madeira, do garimpo e da especulação da terra. É preciso dizer que a “atividade econômica” do desmatamento na Amazônia é conduzida pelas quadrilhas de tráfico de drogas, do crime organizado, de grupos políticos e econômicos corruptos e predatórios que avançam mata adentro, desmatando terras públicas e reservas indígenas. Agora, esse crime contra a humanidade pode ser escrito na letra da lei. Foi aprovado pelo Senado e já está para aprovação na Câmara Federal o PL 2159/21, que flexibiliza drasticamente a licença ambiental e abre a porteira para a “boiada passar”. A “bancada do boi e do agro”, aliadas a outras bancadas da predação querem apoiar essa barbárie, em tempos de aquecimento global e degradação ambiental. O governo federal está dividido. De um lado, a Ministra Marina Silva, que é contra e do outro, Ministros do PT e outros partidos que são simpáticos ao “PL da devastação”. A nós, ambientalistas, empresários conscientes do desenvolvimento sustentável, cientistas e acadêmicos, religiosos comprometidos com nossa casa comum, organizações da sociedade civil, intelectuais e jornalistas, pessoas do povo que são vítimas dos fenômenos climáticos extremos, parlamentares e gestores com senso de responsabilidade, resta conversar com o povo brasileiro, para fazer uma enorme pressão sobre o Parlamento e o Governo brasileiro e enterrar o PL2159/21, e partir para construir um Brasil de progresso, sim, mas com desenvolvimento econômico sustentável, consonante com a preservação ambiental. Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

Hoje é Dia do Meio Ambiente

Hoje é o Dia do Meio Ambiente. Cuidemos dele !!! Cuidemos da Vida e do Planeta, tão maltratado pelas mãos humanas. Proteger a Natureza é defender a própria Vida !!!

ENSINO MÉDICO: perigo de vida!!!

O Brasil possui hoje cerca de 500 mil médicos. A maioria deles concentrada nas grandes cidades, onde existem mais oportunidades de trabalho e maior oferta de serviços e conhecimentos. O interior do Brasil geralmente carece muito de atendimento médico por ausência de profissionais. Em 1975 o país tinha 73 Faculdades de Medicina, a maioria delas públicas como a FMUSP ou a Escola Paulista de Medicina, e poucas privadas, como a Santa Casa de São Paulo, porém de excelente qualidade no ensino. Hoje o Brasil possui cerca de 400 Escolas de Medicina, espalhadas por todo território nacional. Elas formam em torno de 40 mil médicos por ano. O grande problema identificado é a baixíssima qualidade do ensino médico em grande parte dessas faculdades. Muitas dessas faculdades não têm hospital escola, e há grande deficiência de professores de medicina, As mensalidades são pesadas, chegando a 10 e 15 mil reais por mês. Formam-se médicos sem qualificação adequada para atender os pacientes, deixando a população exposta à incompetência e imprudência no ato médico. Cada dia mais, temos contato com casos escabrosos de erros de diagnóstico e de conduta, praticados por esses “médicos” novos malformados em escolas médicas sem condições de formar bons profissionais, que também são vítimas desse processo. A causa desse descalabro na Medicina é a brutal comercialização e mercantilização do ensino e da prática médica. Alguns grandes grupos internacionais de ensino, como por exemplo, a CROTON, se apropriou do ensino superior do Brasil, comprando Universidades e Faculdades e abrindo inúmeras delas, entre essas, Escolas de Medicina. Esses “cursos” são muitas vezes financiados com verba pública, pelo FIES, e esse dinheiro todo vai parar nos bolsos desses “grupos educacionais”. O resultado disso é uma péssima qualidade do ensino superior brasileiro, entre eles a medicina, sendo que nesse caso são vidas humanas que estão no centro dessa barbárie educacional. Diante dessa “catástrofe”, as entidades médicas defendem há tempos o Exame de Proficiência Médica, que avaliaria os formandos de medicina antes de lhes outorgar o diploma profissional, que o autoriza a atender pacientes. Nunca se conseguiu aprovar isso em lei. Há um projeto no Senado (que foi barrado nas comissões) e sete projetos na Câmara Federal, propondo esse exame. Alguns há décadas, mas não prosperam. Os lobbys são intensos e não deixam aprovar. Agora, depois de toda essa situação calamitosa no ensino e no atendimento médico, que perpassou vários governos, após muita pressão das Entidades Médicas, o governo decidiu criar o ENAMED, que é uma prova para avaliar a qualidade do ensino das “Escolas Médicas” com a finalidade de tomar providências diante do descalabro do nível desse “ensino”. Mas, tendo em vista a poderosa pressão dos “grupos educacionais” que comercializam o ensino na maioria das Faculdades de Medicina no Brasil, só mesmo uma mobilização das entidades sérias de saúde e da população, poderão obrigar o Governo e o Congresso brasileiro a agir com firmeza para moralizar a formação médica no Brasil. Em nome da saúde e da vida! Gilberto Natalini- Médico e Ambientalista

Manifestação contrária à aprovação do Projeto de lei nº 2159/2021

                                                                                                           São Paulo, 22 de maio de 2025. A AFPESP vem a público manifestar a sua preocupação e discordância em relação à aprovação do Projeto de Lei nº 2159/2021, o então chamado “PL da Devastação”. O texto aprovado no Senado Federal propõe alterações significativas nas regras do licenciamento ambiental no Brasil, enfraquecendo sobremaneira procedimentos que são essenciais para a análise e controle de impactos socioambientais. Entendemos que o desenvolvimento econômico deve caminhar lado a lado com a conservação ambiental, e que o licenciamento ambiental é um instrumento técnico, legítimo e necessário para garantir que obras e empreendimentos sejam planejados de forma responsável e sustentável. Neste sentido, apelamos aos Srs. parlamentares e demais autoridades competentes que reconsiderem o avanço do referido projeto, abrindo espaço para um debate mais aprofundado e transparente com a sociedade, a academia, os órgãos técnicos e o setor produtivo comprometido com a sustentabilidade, buscando assim, o melhor caminho para o desenvolvimento sustentável do Brasil. ARTUR MARQUES DA SILVA FILHO Presidente AFPESP GILBERTO TANOS NATALINI Coordenador de Meio Ambiente AFPESP