“A Prefeitura de São Paulo deve R$ 1 milhão e meio para a Colsan e a entidade não tem como sustentar o banco de sangue”. A denúncia foi feita pelo vereador Gilberto Natalini (PV), nesta terça-feira (16) na tribuna do plenário da Câmara de São Paulo. Muito aplaudido pelas pessoas que lotavam as galerias, o vereador fez severas críticas à gestão do prefeito Fernando Haddad.
O parlamentar informou que a Colsan – Associação Beneficente de Coleta de Sangue – fornece bolsas a 14 hospitais e, sem verba não tem como sustentar o banco de sangue. “São R$ 500 mil por mês e desde novembro a Prefeitura não repassa a verba; isso é calote dado em uma instituição que tem que receber para continuar atendendo e salvando vidas”.
A Colsan é pioneira no incentivo à doação de sangue e uma entidade reconhecida de Utilidade Pública nos âmbitos federal (decreto 63.471 de 23/10/68), estadual (decreto 37.057 de 03/8/60) e municipal (31/12/68).
Para o vereador Natalini – que é médico – “esse calote da Prefeitura atinge, não só a Colsan, mas também várias outras instituições”.
O site da Colsan informa que a associação conta com dez postos de coleta e é responsável pelo gerenciamento de 47 agências transfusionais sob administração direta fornecendo, aproximadamente, 16 mil hemocompetentes/mês para cerca de 100 hospitais clientes e coleta, mensalmente, em torno de 12.500 bolsas de sangue.
Indignado com a falta de pagamento à Colsan, Natalini finalizou: “Prefeito Haddad não dê calote… Com a saúde não se brinca”.