Na próxima terça-feira (23/2) o Comitê Civil contra a Dengue, coordenado pelo vereador Gilberto Natalini (PV) reunirá, na Câmara Municipal de São Paulo, entidades de vários setores da sociedade para debater e definir ações imediatas para o combate ao mosquito Aedes aegypti.
Segundo o vereador, “é urgente que se traga ao debate esse assunto gravíssimo. Temos que enfrentar essa epidemia que tira o sono da população e lançar medidas efetivas para combatê-la”.
Desde 2002, o parlamentar alerta para o perigo da dengue e já foram distribuídos, de lá para cá, mais de sete milhões de folhetos explicando como combater os focos do mosquito. Lideranças locais distribuem folhetos do Comitê Civil contra a Dengue em feiras livres e comércio da Zona Sul (Cidade Ademar, Pedreira, Jabaquara e Campo Grande) e na Zona Leste (Penha, Cangaíba e Vila Matilde).
Segundo Natalini, que é médico, “o modelo adotado até agora demonstra o fracasso da estratégia nacional de controle da expansão territorial da infestação do mosquito”. O vereador defende que haja ações intersetoriais que envolvam diversas áreas do governo com a “capacitação para a aplicação de políticas públicas de intervenção preventiva frente às epidemias de microcefalia e de doenças vetoriais relacionadas ao Aedes aegypti.
No caso específico da cidade de São Paulo, já foram encontrados criadouros do mosquito em 45% dos bairros paulistanos. Dos 96 distritos, 43 registraram índices de Breteau (número de recipientes com larvas de Aedes aegypti para cada 100 imóveis visitados) maiores que zero.
Neste ano de 2016 cerca de 250 mil casos de dengue deverão ser registrados no município de São Paulo o que representa mais que o dobro dos cerca de 100 mil casos levantados no ano passado.
“Sabemos que esse aumento se deve a uma combinação de fatores, entre eles o aumento das temperaturas nesta época. É preciso encararmos esta guerra com o reforço das estruturas de vigilância em saúde, tanto do ponto de vista orçamentário como de gestão”. Para Natalini, medidas de saneamento ambiental efetivas que resultem na melhoria das condições dos espaços urbanos e, consequentemente, melhoria das condições de saúde por meio de programas intersetoriais, devidamente integrados a ações sincronizadas nas três esferas de governo devem ser adotadas com rapidez e eficácia.