Como ajudar idosos durante a pandemia do coronavírus?

“Cuidem dos idosos”. Foi com bastante ênfase que Luiz Henrique Mandetta, Ministro da Saúde, repetiu diversas vezes essa frase em 17 de março, quando foi anunciada a primeira morte por coronavírus no Brasil. Ele também falou sobre a importância de proteger “pai, mãe, avó, tia-avó”.

Desde então, existe a recomendação de se manter os idosos em isolamento social. Com isso, as instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) suspenderam a visitação dos familiares e proibiram passeios diários.

“É importante reduzir o número de visitas para evitar contágio. Em algumas instituições a visita é aberta apenas em casos excepcionais”, explica Eva Bettine, Presidente da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG).

Para diminuir a solidão, a sugestão é a videochamada. “São utilizadas para diminuir a ansiedade e os idosos saberem como estão seus familiares”, diz Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior.

Como posso ajudar?

Nos tempos de isolamento e pandemia, o voluntariado passou a ser ainda mais importante para ajudar essas instituições.

Há muitos relatos de ações de vizinhos que se propõem a fazer compras para os moradores idosos da região, assim eles não precisam sair de casa. Há histórias de solidariedade no Paraná, São Paulo, Fortaleza, entre outros estados.

A prática de atividades voluntárias diretas foi suspensa nos asilos. Uma das ações mais procuradas para voluntariado é a visitação para rodas de conversa. Com o isolamento, essa tarefa sofre mudanças: mas é possível interagir com os idosos por meio de aplicativos.

Incluir o idoso no processo demonstrando importância da sua colaboração é fundamental para que ele se sinta parte do coletivo e sinta que é peça fundamental para evitar contágio para a sociedade como um todo. Crises podem ser oportunidades de mudanças.

Doações são importantes

O voluntário também pode, é claro, fazer doações de dinheiro e de mantimentos.

As instituições continuarão funcionando, no entanto precisam muito de doações, principalmente as públicas e beneficentes, mas mesmo as particulares precisam de doações de EPIs para os profissionais, como luva, máscara e avental.

Qualquer que seja a escolha do voluntariado, é preciso entrar em contato direto com as instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) de sua região ou preferência. ONGs e locais públicos costumam ter uma carência maior.

Fonte:  G1-Marília Neves

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