Diagnóstico precoce não cura, mas atrasa evolução de Alzheimer

O Vereador Natalini e a Abraz realizaram, no dia 20/05, no Auditório Prestes Maia, o XXIX Ciclo de Debate Município Saudável, cujo tema foi Envelhecimento Ativo- Doença de Alzheimer. O evento contou com o apoio da Support Advanced Medical Nutrition da Danone Company.

FotoAlzheimer

O vereador Natalini (PV), que trouxe o debate à Câmara, contou sua experiência pessoal. Além de médico, há nove anos sua mãe foi diagnosticada com a doença. “É duro, e o tratamento ainda não tem resultados mais satisfatórios”, observou. Para ele, é preciso investir na formação dos cuidadores voluntários, como familiares, tanto quanto dos profissionais. “Sabemos o quanto isso incide na vida das famílias, no aspecto financeiro, social e humano”, argumentou.
A doença degenerativa ainda causa estranhamento e preconceito, como disse a diretora da Associação Brasileira de Alzheimer, Vera Caovilla. “O estigma que vemos hoje é o mesmo do câncer, anos atrás. As pessoas não gostam nem de falar o nome, falam ‘aquela doença’”, contou.
Como representante da associação, Vera defendeu os dois trabalhos que o grupo realiza: a divulgação da importância do diagnóstico precoce e foco da associação no cuidador do idoso, através de grupos de apoio. Uma das pessoas que participa dessas atividades é o ator Carlos Moreno, conhecido por comerciais e por sua atuação programa infantil Ratimbum. Ele esteve no encontro, e deu seu testemunho.
A mãe de Moreno está há quase dez anos diagnosticada com Alzheimer. Ele percebeu que havia algo estranho, contou, quando ela contou diversas vezes uma mesma história. “Não se pode menosprezar esses sinais, achar que é coisa de velho”, sugeriu. Logo no início, Carlos procurou grupos de apoio de familiares em situação semelhante, e viu que é comum pessoas se sentirem culpadas por terem ignorado os sintomas, anos antes do diagnóstico. “É lugar para se abrir com conforto, porque não é fácil ser cuidador”, afirmou.
Dr. Paulo Canineu, da PUC, apresentou a doença, como ela aparece, quais são as formas de tratamento.
A doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Apresenta-se como uma demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível tornar seu progresso mais lento e ter maior controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”. Seu nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença em 1906.
Apesar de não haver cura, é possível impedir o avanço da doença. Existem duas formas de tratamento que podem tornar sua evolução mais lenta, além de favorecer a redução e o melhor manejo dos sintomas:
· Farmacológico ou medicamentoso: o tratamento específico para demência visa corrigir um desequilíbrio químico no cérebro e tem melhor resposta quando iniciado precocemente. Quando necessário, pode ser indicado tratamento complementar para eliminar ou reduzir alterações de comportamento, como agitação e agressividade ou do humor, como depressão.
· Estimulação: exercícios e participação em atividades que podem tornar o paciente mais ativo e funcional. A estimulação pode ser cognitiva, física e social. Envolve orientação por diferentes profissionais da saúde e prevê a utilização de habilidades que os pacientes ainda têm, o resgate da identidade com investimento em autoestima e senso de utilidade, bem como treinamento de atividades da vida diária.
Serviço:
XXIX Ciclo de Debate Município Saudável, cujo tema será Envelhecimento Ativo- Doença de Alzheimer
20/05- 9h às 13h
Local: CMSP- Auditório Prestes Maia

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