A recente divulgação dos estudos efetuados pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, propondo uma mudança radical de ordem logística, cuja base funda-se na separação dos alunos por idade/classe acabou tendo uma repercussão bem diferente da certamente imaginada pelos autores do projeto.
A opinião pública tem sido informada das ocupações promovidas pelos estudantes, com singular ajuda dos pais, dos movimentos sociais, sindicais, etc., que em última análise, lutam pela permanência do “status quo”.
A logística proposta, ao que parece, promoverá separação de estudantes com idades diferenciadas, tem levado, todavia, o nível de protestos dos pais dos alunos preocupados com a alteração costumeira, pois deverão ser seus filhos separados geograficamente.
Agora com a adesão aos protestos dos estudantes universitários, especialmente da USP, aos quais se juntam além dos estudantes também funcionários e outros engrossando a fileira der protestos, temos um visível quadro de crescimento da coluna de protestantes, criando problema de segurança da cidade, com intervenção militar que – sabemos – sempre acaba em encrenca das grossas.
É de se supor, então, que os movimentos estão a mostrar-nos que não desejam a mudança; vale dizer: querem que tudo fique como está.
Ora, se assim for, a mensagem transmitida significa que o “status” atual está absolutamente correto, estando – portanto – os desígnios da Secretaria da Educação perfeitamente aprovados pela população que nada querem de modificação sistêmica. As coisas estão ocorrendo com 100% de garantia. Nada de mudança!
Assim é que na visão do projeto não acolhido pelos usuários, crianças com até 10/11 anos, poderão frequentar com toda a segurança e tranquilidade escola juntamente com secundaristas de até 19 anos.
Ha que se considerar que a atual juventude da faixa acima dos 15/16 anos de hoje tem um comportamento completamente diferente das de outrora; são mais ágeis inclusive no que tange aos aspectos de conhecimento e liberdades individuais mas que deve, com toda a certeza, ser evitado de ser levado como exemplo à camada dos adolescentes ainda não totalmente formados, ou seja: a faixa anterior.
Esse mote, não muito divulgado, parece ser muito importante mas não está sendo levado em consideração tanto pelos pais quanto pelas entidades envolvidas.
Essa convivência de idades diferentes em fase de crescimento não parece ser uma medida de mais valia.