A alimentação é a base para a saúde humana. Alimentação Saudável e prática de atividade física são princípios básicos para se ter uma vida com qualidade. E quando a questão é a má alimentação na infância, a preocupação é ainda maior.
Uma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública da USP de 2015, mostra que 49,7% da população está obesa ou com sobrepeso na cidade de São Paulo. Uma das principais causas deste quadro, é a rotina exaustiva do paulistano, sem se preocupar muitas vezes em se alimentar de forma saudável– e a falta de exercícios físicos por este mesmo motivo. A tendência é que esse número aumente para 75% em 2030.
Estes dados não refletem apenas na saúde da sociedade mas, também, no meio socioeconômico em que os cidadãos vivem. De acordo com o professor doutor Chester Luiz Galvão César, dependendo da região onde se reside, os indivíduos com uma renda mais alta e consequentemente um nível de escolaridade maior, têm uma abrangência grande sobre hábitos alimentares saudáveis.
Por todas essas razões, criei a Lei de Merenda Orgânica (16.140/2015), incluindo alimentos orgânicos na merenda escolar. É também de minha autoria a Lei que proíbe embutidos na alimentação das escolas públicas do município de São Paulo.
Vale ressaltar que o alimento orgânico, pela Legislação Brasileira de 2007, têm como objetivos: a autossustentação da propriedade agrícola no tempo e no espaço; a maximização dos benefícios sociais para o agricultor; a minimização da dependência de energias não renováveis na produção; a oferta de produtos saudáveis e de maior valor nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente, o respeito à integridade cultural dos agricultores e a preservação da saúde ambiental e humana.
Bom para as crianças que iniciam sua vida comendo de forma saudável e aprendem com isso; bom para os agricultores e bom para o meio ambiente. Sempre em defesa da vida.
Gilberto Natalini- Médico e Vereador (PV/SP)
