A ONG Presença da América Latina, presidida por Oriana Jara Maculet, realizou em parceria com a Secretaria da Justiça, o Encontro Internacional para a Avaliação da Lei de Combate ao Tráfico de Pessoas no país. Diversas autoridades estiveram presentes como Eduardo Rascov do Memorial da América Latina e Eliana Vendramini do Ministério Público. O vereador Gilberto Natalini que tem trabalhado muito pelos imigrantes, foi convidado a participar mas, como não pôde estar presente, foi representado por sua assessora parlamentar, Luciana Feldman.
O foco do evento foi apresentar os problemas que muitos imigrantes sofrem como o tráfico de humanos e, especialmente, mulheres e crianças que passam pelo caminho da prostituição, por não terem muitas opções de sobrevivência, tanto para elas como para sua família. Essa prática acarreta a 79% de meninas, de acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OMT).
O tráfico de pessoas é um crime que se alimenta da vulnerabilidade, prospera em tempos de incerteza e lucra com a inação, segundo alertam oficiais das Nações Unidas.
Segundo ainda a OMT, esta ação gera US$ 32 milhões de dólares por ano. Um total de 63,2 mil vítimas de tráfico de pessoas foram detectadas em 106 países e territórios entre 2012 e 2014, de acordo com o relatório publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
As mulheres têm sido a maior parte das vítimas — frequentemente destinadas à exploração sexual, mas o percentual de homens traficados para trabalho forçado também aumentou. As crianças permanecem como o segundo grupo mais afetado pelo crime, depois das mulheres, representando de 25% a 30% do total, no período analisado.
Esse crime cresce ano após ano e o número de rotas para a circulação das vítimas também. No Brasil existem 241 rotas do tráfico nacional e internacional da exploração sexual de mulheres e adolescentes.