Realizado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da PUC (Pontifícia Universidade Católica) em São Paulo, em colaboração com pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e da FGV (Fundação Getúlio Vargas), um monitoramento realizado até o dia 8 de setembro sugere que o nível de risco de Covid-19 na capital paulista permaneceu elevado (de moderado para alto) até a data de coleta dos dados.
Esse nível, que considera a classificação do Instituto de Saúde Global da Universidade de Harvard, se mantém desde o início do mês de maio, conforme aponta nota técnica da Rede de Pesquisa Solidária.
De acordo com os pesquisadores, a efetividade das normas de regulamentação de restrição de atividades econômicas e circulação de pessoas foi limitada pela falta de fiscalização. A análise dos autores do levantamento também mostra que há uma escassez de dados disponíveis sobre os esforços de fiscalização às violações das medidas de combate à pandemia.
Com a chegada e avanço da pandemia de Covid-19, desde o início de 2020, governos estaduais e municipais foram mobilizados em todo o Brasil para adotar medidas de controle da pandemia. A nota mais recente divulgada pela Rede analisou o caso do município de São Paulo devido à intensidade da pandemia na cidade.
Segundo os autores, São Paulo é a cidade com maior número de casos e óbitos do país durante toda a pandemia, sendo considerada um dos epicentros da epidemia no Brasil. Observando somente as mortes devido à Covid-19, a capital paulista se destaca como o responsável por aproximadamente 8,7% das mortes no Brasil e mais de 50% no Estado de São Paulo.
Para discutir a situação na maior capital do país, os pesquisadores analisaram o índice de níveis de risco de Covid-19, um indicador da severidade da pandemia considerando a média móvel de casos notificados, além do número de óbitos reportados pela Secretaria de Saúde do município de São Paulo.
Além disso, foram avaliadas as medidas de distanciamento social adotadas no município, em comparação às medidas no nível estadual. Finalmente, os autores da nota também discutem as medidas de fiscalização do cumprimento das normas que acompanharam estas políticas e a existência de sanções em casos de transgressão.
Para tal, foram analisadas as medidas de distanciamento social dos últimos seis meses para o Estado e a cidade de São Paulo. Os dados referentes à fiscalização são fruto de levantamento realizado pela Rede de Pesquisa Solidária sobre o monitoramento efetuado na cidade, de 23 de março até 8 de setembro de 2020.
Mais sobre o coronavírus
Segundo dados do boletim diário sobre a pandemia do novo coronavírus (causador da Covid-19) publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, nesta sexta-feira (06/11) a capital paulista contabiliza 13.706 vítimas da Covid-19.
Há, ainda, 367.601 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus e 504.949 casos suspeitos sob monitoramento. Até o momento, 531.051 pessoas receberam alta após passar pelos hospitais de campanha, da rede municipal, contratualizados e pela atenção básica do município.
De acordo com a administração municipal, “em decorrência de falhas na rede DataSUS, do Ministério da Saúde, não foi possível atualizar os casos confirmados e suspeitos e os óbitos confirmados. O município voltará a atualizar a tabela acima assim que essas falhas forem corrigidas”.
Prefeitura de SP
Em relação ao sistema público de saúde na Grande São Paulo, a atualização mais recente destaca que, nesta sexta-feira, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 é de 42,3%.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social na cidade de São Paulo, na última quinta-feira (05/11), foi de 39%.
Os dados são do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Ações e Atitudes
Utilizado para embalagem de alimentos, como carnes, frutas e frios, e para proteção de superfícies, um filme plástico de PVC transparente e esticável é capaz de inativar o novo coronavírus. O material possui micropartículas de prata e sílica em sua composição.
Resultados obtidos em testes conduzidos no laboratório de biossegurança de nível 3 do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo) mostram que o material foi capaz de eliminar 79,9% de partículas do novo coronavírus em três minutos e 99,99% em até 15 minutos.
Segundo os pesquisadores, a eliminação do vírus pelo material foi extremamente eficaz e em um curto tempo, principalmente levando em conta que o filme é utilizado para embalar alimentos que ficam expostos e são muito manipulados em supermercados.
A tecnologia do filme plástico foi desenvolvida e licenciada pela empresa paulista Nanox com apoio do Programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas) da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O produto é comercializado pela indústria de plásticos Alpes.
Fonte: Portal Câmara Municipal de São Paulo